“Hoje é o começo da Salvação do mundo”, diz São João Damasceno, em sua homilia sobre a Natividade de Nossa Senhora.

De fato, a salvação começa por Maria Santíssima. É dEla, na sua escolha para Mãe de Deus que está o ponto de partida para a redenção da humanidade.

Ensina a Igreja que Deus quer que todas as coisas nos cheguem por meio de Maria Santíssima e a salvação também por Ela passou.

Celebrada nove meses depois da festa da Imaculada Conceição desde o século VII, essa festa não está presente no Evangelho, mas a Tradição guarda os pormenores deste evento.

Segundo nos chega, a Virgem Santíssima teria nascido de Santa Ana e São Joaquim, na cidade de Nazaré na Galileia como fruto de súplica insistente de seus pais que, mesmo sendo justos diante de Deus, eram estéreis.

Que consolo foi para os felizes pais, aquele nascimento tão abençoado e desejado!

Embora eles não soubessem, aquele nascimento, que fora fruto de tantas preces, não era um nascimento comum: ali nascia a Mãe de Deus, a Consoladora dos aflitos, o Refugio dos Pecadores!

Finalmente a Redenção prefigurada no Gênesis e profetizada diversas vezes no Antigo Testamento estava começando. Que grande alegria não houve nos céus com este grande evento!

Esta festa é um convite para nos alegrarmos também. Alegramo-nos porque, por meio da Santíssima Virgem, Deus em sua infinita bondade e misericórdia, nos concede graças imerecidas.

Portanto, cantemos um Magnificat porque Deus olhou para a humildade e a miséria da sua criação, que gemia em dores de parto esperando a sua libertação;

E fez reluzir a aurora de uma nova criação: nasce a Nova Eva para que, no tempo predestinado, Ela dê à luz a Cristo, o novo Adão para que  todas as coisas sejam restauradas com Ele e nEle.

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