Jesus suou sangue no Horto: o que isso nos ensina sobre coragem?

Uma meditação poderosa de Quaresma para os que enfrentam provações duras e silenciosas.

Diante de uma notícia ruim, um diagnóstico sério ou uma perda iminente, há algo em nós que se retrai. O instinto natural é desviar os olhos, fingir que o problema não existe, alimentar esperanças vagas de que “tudo vai passar”. 

E assim, entre o medo difuso e a ilusão ingênua, muitos vivem paralisados quando chega a hora da dor.

Foi pensando nessa reação tão humana que surgiu esta reflexão, nascida da contemplação de um dos maiores mistérios do Evangelho: a Agonia de Nosso Senhor Jesus Cristo no Horto das Oliveiras.

O modelo da coragem verdadeira: Jesus no Horto

Nosso Senhor, antes de ser preso, chicoteado, coroado de espinhos e crucificado, passou por uma agonia que, por si só, já era um sofrimento imenso. 

Ele sabia com detalhes tudo o que iria acontecer. Sendo Deus, conhecia cada golpe, cada cusparada, cada martelada. E mesmo assim, não fugiu.

Naquela noite terrível, Jesus não fingiu que não iria sofrer. Pelo contrário: Ele meditou, rezou, encarou cada etapa da Paixão que se aproximava

Mediu cada dor, visualizou cada humilhação. E a tensão foi tão intensa que Lhe fez suar sangue. Um fenômeno médico raríssimo, estudado cientificamente, causado por angústia extrema.

O primeiro sangue do Calvário foi derramado em oração

Foi ali, no Horto, que Nosso Senhor começou a se imolar. Antes de os soldados O tocarem, antes da Cruz, Ele já oferecia Seu sangue por nós.

Enxergando tudo, Ele pediu forças ao Pai. E foi atendido. Um anjo Lhe apareceu, trazendo o cálice misterioso que Ele deveria beber. Ele bebeu. E levantou-se para enfrentar tudo.

O que impressiona é que, depois disso, Jesus não hesita. Suporta quedas, flagelações, zombarias, a Cruz, os cravos, a sede, a asfixia.

Mas permanece firme até o fim. Suas últimas palavras são de entrega e vitória: “Pai, em Vossas mãos entrego o Meu espírito”… “Tudo está consumado”.

Ver de frente, pedir forças e prosseguir: o caminho da vitória interior

Esse episódio nos ensina um método espiritual precioso. Diante do sofrimento, não fugir. Ver claramente o que pode acontecer. 

Não se iludir com esperanças fantasiosas. Pedir forças – porque sem a graça, ninguém suporta. E então, enfrentar.

Essa atitude não é natural. Exige treinamento interior. É por isso que tantos fracassam moralmente diante da dor. Ou vivem numa ilusão otimista que os paralisa no momento decisivo, ou se afogam num pessimismo que os destrói por antecipação.

Coragem não é ausência de medo. É decisão no medo.

A verdadeira coragem – como mostrou Nosso Senhor no Horto – não é frieza nem insensibilidade. É sentir a dor antes mesmo que ela venha, e ainda assim dizer: “Seja feita a Vossa vontade”

E isso só se consegue com a ajuda de Nossa Senhora, Medianeira de todas as graças, que nos sustenta quando tudo parece ruir.

O verdadeiro católico: ver, prever e vencer

Na guerra espiritual, como na guerra do mundo, o soldado que treme diante do inimigo porque não quis prever o horror da batalha, está condenado a sucumbir. 

Mas aquele que encara a possibilidade da dor, se prepara, se fortalece, reza e aceita, esse atravessa a noite com serenidade. Ele sabe que até a última gota de seu sofrimento tem valor aos olhos de Deus.

Aplicar isso à nossa vida: um treino para a eternidade

Quantas vezes não somos chamados a enfrentar a perda de um bem, uma crise financeira, uma enfermidade ou mesmo a incompreensão dos que amamos? 

Em vez de viver em ilusão ou desespero, devemos nos lembrar: a coragem se constrói prevendo o pior com realismo, pedindo forças e permanecendo firmes.

O Cristo que suou sangue no Horto não fugiu da dor. E nos convida a segui-Lo com a mesma disposição de alma. A cruz vista de longe assusta. Mas a cruz abraçada com fé se torna caminho seguro para o Céu.

***

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Uma resposta

  1. Ao contrário do que Jesus fez por nós, ainda hoje ele sofre e chora por tantos filhos engratos quando ele deu sua primeira vida por nossa salvação e não recebi nada em troca,louvou exaltação, gratidão, amor ,horas e Glória ao nosso Deus o único é verdadeiro digno de ser louvado, bem dito seja nosso Senhor Jesus Cristo, para sempre seja louvado, Amèm

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