Estigmatização de São Pio de Pietrelcina: 20 de setembro
Neste dia 20 de setembro, fazemos memória de um dos eventos mais eloquentes da vida do Santo Capuchinho do Gargano:
Sua estigmatização, ou seja, o momento em que por meio de um fenômeno sobrenatural, Padre Pio recebe as chagas de Cristo no seu próprio corpo.
Os estigmas são as marcas gloriosas das chagas que Jesus sofreu na crucificação – duas nos pés, duas nas mãos e uma no lado –, que apareceram em alguns místicos.
Em São Pio, porém, manifestou-se com um particular: também no seu ombro direito, apareceu a chaga que houvera no ombro direito de Nosso Senhor Jesus Cristo causada pelo carregamento da cruz.
No entanto, o Santo Padre Pio não foi o único santo estigmatizado. Houveram outros santos e santas favorecidos com este mesmo dom. Podemos citar como exemplos: São Francisco de Assis, Santa Verônica Giuliani, São João de Deus, Santa Rita de Cássia, dentre outros.
Entretanto o Padre Pio é, entre aqueles reconhecidos pela Igreja até o presente, o único sacerdote estigmatizado.
O episódio da estigmatização é relatado por vários autores, mas Francisco Castelli descreve-o a partir do relato feito pelo próprio Santo ao Cardeal Raffaello Carlo Rossi, visitador enviado pelo Santo Ofício em 1921:
“Em 20 de setembro de 1918, depois da celebração da missa, detendo-me em fazer a devida ação de graças no coro, de repente,
fui tomado por um forte tremor seguido de uma súbita calma, e vi Nossa Senhora como se estivesse crucificada, mesmo não havendo nenhuma cruz.
Ela se lamentava pela pouca compaixão dos homens, especialmente dos consagrados a Jesus e por ele mais favorecidos.
Manifestava-se que Ele sofria e desejava associar almas à sua Paixão. Convidou a solidarizar-me com suas dores e a meditá-las; ao mesmo tempo, a ocupar-me com a salvação dos irmãos.
Depois disso senti-me cheio de compaixão pelas dores do Senhor e perguntei-lhe o que podia fazer. Ouvi esta voz: ‘Associo-te à minha Paixão!’.
E, a seguir, desaparecida a visão, caí em mim, recobrei a consciência e vi estes sinais, dos quais gotejava sangue. Antes, eu não tinha nada”
Do relato do Santo capuchinho emergem os motivos pelos quais ele foi estigmatizado: (1) associar-se à Paixão de Jesus, (2) solidarizar-se com as dores de Maria Santíssima e(3) ocupar-se com a salvação dos outros.
E o Santo Padre Pio se empenhou nestas três missões por todo o restante de sua longa vida.
Então, ao lembrarmos deste acontecimento capital, tomemos consciência que devemos assumir em nossas vidas estas mesmas missões recebidas pelo santo capuchinho se queremos ser verdadeiramente seus filhos espirituais.
Que São Pio de Pietrelcina nos ajude a sermos, como ele, dedicados a consolar o Senhor e Sua Santíssima Mãe das ingratidões dos maus e da frieza dos bons
e levarmos para o Céu o máximo de almas que pudermos, a começar da nossa, para maior alegria e glória de Deus Nosso Senhor.
*Este post foi publicado anteriormente no dia 20/09/2021
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