No centenário dos mórmons na Argentina, um prelado católico participa do evento como se fosse algo digno de reverência — ignorando o dramático abandono da fé entre os próprios católicos
Um gesto que fere o zelo apostólico
No último sábado, a cidade de Corrientes, na Argentina, assistiu a um escândalo silencioso. Durante a celebração dos 100 anos da presença mórmon na América do Sul, um evento cuidadosamente produzido para projetar prestígio e respeitabilidade à seita, lá estava presente, como se fosse algo natural, Dom Andrés Stanovnik, arcebispo emérito da cidade.
A sua presença não foi casual nem discreta — foi um gesto deliberado que escancarou o estado de confusão em que muitos no alto clero mergulharam.
Silêncio sobre a verdade, aplausos ao erro
Qual é a missão de um bispo senão ensinar, governar e santificar as almas sob sua guarda? O que se esperaria de um sucessor dos Apóstolos senão que denunciasse os erros e conduzisse o povo à única e verdadeira Igreja de Cristo?
Em vez disso, vemos a autoridade episcopal sendo usada para dar legitimidade a um evento que, em seu núcleo, promove a rejeição da fé católica.
Enquanto milhões de fiéis se afastam dos sacramentos, enquanto igrejas se esvaziam e a ignorância religiosa cresce de forma alarmante, uma parcela do clero se dedica a confraternizações com grupos heréticos — como se a missão da Igreja fosse agradar a todos, em vez de salvar almas.
Padre Pio nunca aceitaria tal desvio
Impossível não pensar em São Pio de Pietrelcina diante de uma situação dessas. O Santo do século XX sabia que a maior caridade é ensinar a verdade.
Ele não hesitava em corrigir desvios, resistir ao erro e oferecer sua dor pelos que estavam longe de Deus. Se um dia fosse convidado para participar de uma celebração mórmon, ele certamente teria respondido com lágrimas… de indignação e de súplica a Nosso Senhor pelas almas enganadas.
Voltemos ao essencial
O que falta a certo clero moderno não é “diálogo”, mas coragem.
Coragem para catequizar, confessar, evangelizar, converter!
Há almas sedentas de verdade, mas a água que lhes oferecem é turva. O fiel católico precisa reagir. Rezemos, peçamos a intercessão de Nossa Senhora e de Padre Pio, e sejamos nós mesmos apóstolos num mundo que já não sabe mais distinguir o sagrado do profano.