Saiba como nasceu a Festa de Cristo Rei do Universo, o que ela significa e o que ainda exige de nós.
Uma festa para corrigir uma sociedade afastada de Deus
A festa de Cristo Rei é relativamente recente. Foi instituída em 1925 pelo Papa Pio XI, por meio da encíclica “Quas Primas”.
Há cerca de três séculos os defensores do laicismo vêm trabalhando para expulsar Jesus Cristo da vida pública e social das nações.
E por desgraça vão conseguindo muito, até o ponto de que as leis, os governos e as instituições se omitem de reconhecer a supremacia do Senhor Jesus.
O Papa Pio XI percebeu que o esquecimento de Jesus não ficava “lá fora”. Ele entrava na cultura, na política, no trabalho e, no fim, no coração das pessoas.
A festa nasceu para lembrar ao mundo que Cristo reina não só nas almas, mas também na história.
Cristo é Rei e isso não uma ideia, mas um fato
A Igreja não celebra um título simbólico. Celebra uma verdade objetiva: Cristo tem autoridade real sobre tudo o que existe.
Antes de subir aos céus, Ele disse: “Toda autoridade me foi dada nos céus e na terra” (Mt 28, 18).
Essa verdade sempre incomodou poderes humanos que preferem governar sem referência moral, sem transcendência e sem limites.
Já no julgamento diante de Pilatos, quando questionado sobre ser rei, Jesus respondeu: “Tu o dizes: eu sou rei” (Jo 18,37).
Nesse diálogo, fica claro que Sua realeza não depende de forças humanas ou de reconhecimento político, porque provém de uma autoridade divina que transcende toda a sociedade.
As tentativas de tirar Nosso Senhor do seu lugar de direito começaram no Renascimento, passaram pelas Revoluções Francesa e Russa e na atualidade encontraram seu apogeu.
Ao instituir a festa, Pio XI fez um alerta que continua atual:
“Quando se exclui Jesus Cristo das leis e dos assuntos públicos, a sociedade acaba afastando-se da verdadeira justiça e da verdadeira paz.”
Porque quando Cristo é retirado da vida pública, algo sempre toma o lugar e, quase sempre, é o Estado, a ideologia ou a cultura dominante.
Por isso, essa festa tem um caráter público, social, concreto.
Ela existe para lembrar aos católicos, mas também a todos os homens, de que Jesus Cristo tem direitos sobre cada um dos homens e sobre as sociedades.
O que Cristo Rei exige de nós, agora
Aqui está o ponto central: Pio XI criou a festa de Cristo Rei do Universo para exigir responsabilidade por parte dos católicos que parecem assistir passivamente ao destronamento de Cristo.
Ele dizia que Cristo pode reinar sem nós, mas escolheu reinar por meio de nós.
Seu reinado inicia exatamente quando Ele Reina nas escolhas pessoais. Pois se Jesus não for rei nos corações, não poderá ser na sociedade.
Como recordava o Cardeal Pie, bispo de Poitiers e firme opositor da laicização na França:
“Os povos que não quiserem que Cristo reine sobre eles não terão estabilidade; viverão de revolução em revolução.”
Portanto, a festa de Cristo Rei convida a ações pequenas, constantes e públicas.
A reconstrução acontece quando um católico, no que faz, pensa e fala, mostra que Jesus Cristo é o Seu Senhor.
É por isso que muitos católicos buscam viver sob a proteção constante de um santo que sabia quem era o verdadeiro Rei e Senhor — como fazem os Filhos Protegidos do Padre Pio.
Veja aqui como fazer parte desta família espiritual.
Recolocar Cristo Onde Ele Foi Retirado
A festa de Cristo Rei pede um gesto concreto, não necessariamente grandioso, mas público.
Um ato claro, visível, no ambiente em que você está:
– assumir a defesa da fé quando ela é ridicularizada;
– recusar práticas injustas “que todo mundo faz”;
– colocar critérios cristãos no modo de trabalhar, comprar, votar, ensinar;
– lembrar, sem medo, que Cristo tem primazia também fora do templo.
A realeza de Jesus Cristo não se impõe por força, mas desaparece quando seus próprios súditos se escondem.
Hoje, mais do que celebrar, é dia de escolher não ser um católico “de sacristia”, mas recolocar Cristo onde Ele foi retirado.
Para que todos os homens se prostrem diante dEle e O adorem.
E quem deseja dar um passo concreto nesse sentido encontra no vínculo dos Filhos Protegidos do Padre Pio um modo simples e silencioso de testemunhar a realeza de Cristo no próprio lar.
