Dom de Línguas? O Dom Sobrenatural que Tornou Padre Pio Poliglota

Um dom espiritual que ultrapassa a razão e revela o poder do Espírito Santo.

Falar outro idioma é mais do que aprender palavras: é mergulhar em uma cultura e, muitas vezes, descobrir novos aspectos da própria alma.

Alguns papas, como Pio XII e João Paulo II, dominaram oito línguas fluentemente e tinham conhecimento prático de muitas outras.

Mas há casos em que falar várias línguas é um dom recebido e não fruto do esforço humano.

O dom que surpreendia até seus confessores

Entre as muitas manifestações místicas de São Pio de Pietrelcina, uma das mais intrigantes é o dom das línguas. Ou, mais precisamente, da xenoglossia.

O Padre Reginaud Garrigou-Lagrange no seu livro “As Três Idades da Vida Espiritual” ensina que este dom é uma capacidade sobrenatural de compreender e falar idiomas nunca estudados, uma graça concedida por Deus a alguns de Seus servos para que possam cumprir melhor sua missão espiritual.

Padre Pio, conhecido por seus dons de bilocação, leitura de corações e estigmas, também foi agraciado com essa habilidade que deixava perplexos até seus superiores e confessores.

Um estudante comum, um dom incomum

Durante sua formação religiosa, nada indicava que o jovem Francesco Forgione tivesse dons linguísticos.

Os registros de Pietrelcina e do colégio seráfico dos capuchinhos de Foggia mostram que ele jamais estudou francês ou grego.

Sua educação formal limitava-se ao italiano, o dialeto napolitano e o latim litúrgico.

No entanto, fatos posteriores provariam o contrário.

Em 1912, Padre Agostino de San Marco, seu confessor e diretor espiritual, relatou que Padre Pio recebia e respondia cartas em francês perfeito sem nunca ter aprendido o idioma.

Questionado sobre isso, o santo respondeu com simplicidade:

— Recebi ajuda para responder à sua pergunta em francês. Nescio loqui (não sei falar).

O Anjo da Guarda como tradutor celestial

Poderia o Anjo da Guarda ser seu professor e tradutor, ajudando-o a compreender textos escritos em francês e outras línguas? Padre Pio afirmava que sim.

Ele mesmo escreveu ao Padre Agostino no dia 20 de setembro de 1912:

“Os personagens celestiais não deixam de me visitar e fazer-me pregustar a emoção dos beatos. E se a missão do nosso anjo da guarda é grande, a do meu é maior, tendo que ser mestre para me explicar outras línguas”.

O testemunho do Cônego Salvatore Pannullo reforça o que afirmou o santo. Segundo ele, Padre Pio recebeu uma carta em grego e a traduziu literalmente, sem conhecer sequer o alfabeto.

Quando perguntado como isso era possível, respondeu serenamente:

— Foi o Anjo da Guarda quem me explicou tudo.

É essa mesma presença celestial que ampara hoje cada um dos Filhos Protegidos do Padre Pio — almas que confiam na intercessão do santo que via e falava com os Anjos.

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Línguas da terra a serviço do Céu

Os relatos não param por aí. O livro “Ditos e anedotas do Padre Pio”, de Padre Constantino Capobianco, traz outro episódio marcante.

Uma jovem americana, neta de Ângela Serritelli — filha espiritual do Padre Pio e uma das primeiras devotas e colaboradoras do santo em San Giovanni Rotondo — foi levada até lá para confessar-se com ele.

A moça não falava italiano, e o frade não conhecia inglês.

Mary Pyle, a colaboradora americana do Padre Pio, que a acompanhava, tentou intermediar oferecendo-se para ser intérprete, mas o santo respondeu:

— Pode se retirar, Maria. Essas são coisas entre ela e eu.

Após a confissão, a jovem contou que ele havia falado com ela em inglês e ambos se entenderam perfeitamente.

Outro caso, registrado em 1945, cita um sacerdote suíço que, ao despedir-se, ouviu Padre Pio responder em alemão:

Ich werde sie an die göttliche Barmherzigkeit (Eu a entrego à Divina Misericórdia).

O sacerdote ficou estupefato: Padre Pio nunca estudara alemão.

Um dom que revela uma missão universal

A xenoglossia de Padre Pio não era um espetáculo, mas um instrumento de apostolado.

Servia para que ele pudesse chegar até as almas, ouvir confissões, consolar e evangelizar pessoas de diversas nações.

Assim como os apóstolos em Pentecostes, Padre Pio falava o idioma que o Espírito Santo queria, aquele que o coração do penitente precisava ouvir.

Pois quando o Divino Espírito Santo age, não há barreiras de idioma, cultura ou distância.

E essa missão continua viva através dos Filhos Protegidos do Padre Pio — homens e mulheres que, unidos em oração, ajudam o santo a tocar corações em todas as partes do mundo.

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A herança espiritual que nos interpela

Esses episódios mostram como o Espírito Santo continua atuando de forma concreta e misteriosa na vida dos santos.

Ao longo da história, Deus escolheu certas almas para demonstrar que a fé transcende a lógica e Padre Pio foi uma delas.

Enquanto muitos necessitam de livros para aprender, a ele bastava a graça. O Espírito Santo falava através dele, e cada palavra, em qualquer idioma, traduzia fielmente o amor de Deus pelas almas.

Assim se revela a verdadeira sabedoria: não aquela que se aprende, mas a que se recebe como dom.

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