De Harry Potter a “Virus Margarita”: Quando os nomes já não apontam para a Eternidade

A onda de nomes excêntricos na América Latina. E o que perdemos ao trocar os santos por modismos.

Lista de nomes. Imagem referencial. | Canva

Até algumas décadas atrás era comum que se batizassem, no Brasil e em Portugal, as crianças com nomes dos santos.

Assim, havia muitas Marias, Joanas, Miguéis, Tiagos… De uns tempos para cá isso tem diminuído severamente, especialmente no Brasil.

Combinações inusitadas, homenagens a atores, atrizes, adjetivos e até objetos, o Brasil reuniu diversos nomes que são, no mínimo, estranhos.

Mas não é somente no Brasil que isso vem acontecendo.

Nomes excêntricos se multiplicam

Dar nomes estranhos e extravagantes às crianças tornou-se prática comum também em países da América Latina.

No Peru, cerca de 30 mulheres se chamam Bellatrix, em homenagem à personagem dos livros de Harry Potter.

Outros 50 homens receberam o nome John Lennon, e ao menos 7 pessoas se chamam Avatar.

Na Venezuela, como no Brasil, a criatividade parece não ter limites: Efrofriendlyns, Jhesvergreen e Ronnalys Silvidiskeilymar são alguns dos mais conhecidos.

Cuba não fica atrás, registros mostram nomes como Disney Landia e até mesmo Virus Margarita.

Essas escolhas podem parecer engraçadas, mas escondem um problema profundo: a perda de referências cristãs que moldaram a identidade dos povos ibero-americanos.

Qual a importância do nome que a pessoa recebe ao ser batizada?

O Catecismo da Igreja Católica ensina que, no batismo, “o cristão recebe o seu nome na Igreja” (§ 2156). E afirma ainda que:

O nome de todo o homem é sagrado. O nome é a imagem da pessoa. Exige respeito, como sinal da dignidade de quem por ele se identifica” (§ 2158).

Por isso, a Santa Igreja orienta pais, padrinhos e párocos a evitarem nomes estranhos à fé cristã.

E os exorta a escolherem nomes que ofereçam ao batizado “um modelo de caridade”, seja através de santos, seja de virtudes ligadas à fé.

O Catecismo também recorda: “O nome recebido é um nome de eternidade” (§ 2159).

E acrescenta que, no Reino dos Céus, “o caráter misterioso e único de cada pessoa marcada com o nome de Deus resplandecerá em plena luz”.

Por isso a Igreja insiste em manter viva nossa ligação com os santos.

Torne-se Filho Protegido do Padre Pio e caminhe protegido por sua intercessão.

“Não é heresia, mas é um sinal de alerta”

O bispo de Orihuela-Alicante, Espanha, Dom José Ignacio Munilla, destaca que uma das maiores pobrezas do nosso tempo é justamente a “falta de pontos de referência” para as crianças e os jovens.

Muitos pais, ao escolherem nomes de artistas, novelas ou filmes, revelam o desconhecimento dos exemplos da nossa fé cristã.

Dom Munilla explicou que ter um santo padroeiro é uma referência fundamental.

Quando, ao contrário, os pais escolhem nomes baseados em atrizes, novelas ou cantoras, revelam que as referências agora são do mundo, não do céu.

“Isso mostra que não admiramos os santos. E, como não os admiramos, preferimos outras figuras ou até palavras que apenas soam bonitas.”, afirmou.

Segundo o bispo, embora não seja heresia dar nomes não cristãos, é necessário discernimento.

O risco é submeter as crianças à secularização e privá-las de uma referência de fé que lhes daria orgulho e amparo espiritual.

Quando o nome aponta para o Céu

Outrora (e ainda hoje em alguns lugares da Europa) celebrava-se, em lugar do aniversário, o onomástico, ou seja, a festa do santo que a pessoa recebeu o nome.

O Santo Padre Pio, por exemplo, celebrava o seu no dia 2 de abril, dia de São Francisco de Paula.

Assim como ele honrava o santo fundador da Ordem dos Mínimos, cada cristão é chamado a reconhecer no seu nome uma missão.

Essa mudança, que pode parecer apenas cultural, é reflexo de um mundo cada vez mais descristianizado.

Um nome cristão, além de identidade, é também proteção espiritual, já que os santos intercedem por aqueles que levam seus nomes.

“Um dia veremos até que ponto nossos santos padroeiros estão intercedendo por nós e nos protegendo”, afirmou o bispo.

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Por que precisamos voltar aos santos

O problema dos nomes extravagantes não é apenas uma curiosidade. Ele indica uma tendência ao individualismo.

Quando deixamos de dar nomes cristãos, estamos também deixando de lado uma herança de fé e proteção que atravessou séculos.

Recuperar essa tradição não é nostalgia, mas um ato de resistência contra a secularização.

E, sobretudo, é uma forma de lembrar que, no Céu, cada um será chamado pelo nome que Deus já escreveu em seu coração.

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