Na vida do Cura d’Ars resplandece um modelo sacerdotal que, ainda hoje, nos chama à conversão.

Uma vocação forjada na pobreza e na perseverança
João-Batista-Maria Vianney nasceu em 1786, em Dardilly, na França, e foi batizado no mesmo dia. Desde a infância, seu coração já parecia pertencer inteiramente a Deus.
Enquanto ajudava os pais nos trabalhos do lar, mantinha uma vida de oração constante, sinal precoce da missão que o aguardava.
Seu desejo era claro: tornar-se sacerdote. Mas a estrada não foi fácil. As dificuldades financeiras da família e seu pouco domínio do latim tornaram os estudos e o seminário um verdadeiro desafio.
No entanto, graças à paciência do Padre Balley, pároco de Ecully, que enxergou a vocação no jovem, João Maria foi ordenado sacerdote em 1815.
O humilde pároco de Ars
Três anos depois, o recém-ordenado foi enviado para Ars-sur-Formans, um vilarejo esquecido, distante cerca de 40 quilômetros de Lyon, sede da arquidiocese à qual estava vinculado
Ali, viveria os próximos 42 anos como pároco. Seu apostolado? A oração incansável, o confessionário e os pobres.
De início, muitos o desprezaram. Mas aos poucos, sua vida de penitência, seu ardor missionário e os frutos abundantes de conversões e curas começaram a atrair milhares de pessoas.
Em pouco tempo, Ars tornou-se um centro de peregrinação, tudo devido a um padre que passava até 18 horas por dia confessando.
Padre Pio e o Cura d’Ars: dois faróis no meio da escuridão
Impossível não traçar um paralelo entre São João Maria Vianney e São Pio de Pietrelcina.
Ambos foram homens de oração desde a infância, apaixonados pela salvação das almas e profundamente dedicados ao ministério da confissão.
Ambos se alimentaram de penitência, milagres e combates contra o demônio.
Assim como o Santo Cura d’Ars, que frequentemente se alimentava apenas de algumas batatas, Padre Pio chegou a passar um mês inteiro sustentado unicamente pela Eucaristia.
O jejum e a mortificação não eram um fim, mas um meio para obter graças para os outros.
E que graças! Quantas almas confessaram-se com eles e voltaram transformadas! Quantas curas físicas e espirituais aconteceram no silêncio do confessionário!
Se o demônio os atacava… era porque temia perder almas
Tanto o Cura d’Ars quanto o Padre Pio foram alvos constantes de ataques demoníacos. Esbofeteados, perturbados durante a noite, aterrorizados.
Mas quanto mais o inferno rugia, mais esses santos resistiam. Com coragem, arrancavam almas das garras do maligno e devolviam-nas ao Sagrado Coração de Jesus.
E é justamente por isso que tantos fiéis hoje recorrem a São Pio de Pietrelcina não só como um intercessor, mas como um verdadeiro pai e protetor.
Se você também deseja agradecer e rezar pelos padres que dedicam a vida pela salvação das almas, acenda agora uma vela virtual por eles.
Multidões e milagres: a consagração da santidade
Assim como Padre Pio atraiu milhões a San Giovanni Rotondo, o Santo Cura d’Ars viu seu vilarejo ser invadido por peregrinos sedentos de consolo e cura.
A fama de santidade crescia, não por marketing ou palavras bonitas, mas pela vida de suas virtudes heroicas.
São João Maria Vianney faleceu no dia 4 de agosto de 1859. Em 1905, foi beatificado por São Pio X e, em 1925, canonizado por Pio XI.
Três anos depois, foi declarado Padroeiro de todos os párocos.
E hoje, quem continuará essa missão de salvar almas?
Nos dias em que vivemos, em que tantos sacerdotes são atacados, desprezados ou seduzidos pelo mundo, o exemplo do Cura d’Ars torna-se ainda mais urgente.
A Igreja precisa de padres como ele. Mas também precisa de fiéis que, como você, se unam espiritualmente aos santos para defender, apoiar e rezar por seus pastores.
Se houveram padres como o Cura d’Ars e Padre Pio, é porque alguém rezou por eles. Agora, é a sua vez.





