Não há registros documentais da morte de São José, mas é comumente aceito que ele faleceu antes do início da vida pública de Jesus.

São José foi escolhido por Deus para ser o guardião da Sagrada Família de Nazaré. Cuidou e protegeu este bem precioso, obedecendo à vontade do Pai.
Homem humilde, trabalhador e justo, ele cumpriu sua missão com obediência, tornando-se exemplo de fé e devoção para os cristãos.
Apesar de sua importância, pouco se sabe sobre a vida do pai adotivo de Jesus. Os Evangelhos o mencionam apenas algumas vezes e nunca registram uma palavra sua.
Segundo estudiosos bíblicos, é provável que José tenha falecido antes da crucificação, já que não aparece nos relatos da Paixão.
No Evangelho de São João, Jesus confia sua mãe ao discípulo São João, o que sugere a ausência de José.
A fé dos Primeiros Séculos
Nos primeiros séculos da Igreja, conforme narra Isidoro de Isolanis, costumava-se ler nas igrejas do Oriente, todo dia 19 de março, uma narração solene da morte do pai adotivo do Filho de Deus:
“Eis chegado para São José o momento de deixar esta vida. O Anjo do Senhor lhe apareceu e anunciou ter chegado a hora de abandonar o mundo e ir repousar com seus pais.
Sabendo estar próximo o seu último dia, quis ele visitar, pela última vez, o Templo de Jerusalém, e lá pediu ao Senhor que o ajudasse na hora derradeira.
Voltou a Nazaré e, sentindo-se mal, recolheu-se ao leito, agravando-se em breve o seu estado. Entre Jesus e Maria, que o assistiam com carinho, expirou suavemente, abrasado no Divino Amor.
Oh, morte bem-aventurada! Como não havia de ser doce e abrasada no Divino Amor a morte daquele que expirou nos braços de Deus e da Mãe de Deus?
Jesus e Maria fecharam os olhos de São José. E como não havia de chorar Aquele mesmo Jesus que choraria sobre a sepultura de Lázaro? ‘Vede como ele o amava!’, disseram os judeus. São José não era tãosó um amigo, mas um pai querido e santíssimo para Jesus”.
Pode haver, afinal, melhor passagem para a vida eterna do que entre os braços de Jesus e de Maria?
São José: Padroeiro da Boa Morte
A Igreja reconhece São José como padroeiro da boa morte justamente por que seu falecimento ser descrito como um momento de graça, entre Jesus e Maria.
Seu exemplo convida os fiéis a refletirem sobre a própria preparação para esse momento inevitável.
Viver com a consciência da morte é um exercício espiritual importante. Ordenar a vida como se cada dia pudesse ser o último ajuda a manter o coração voltado para Deus.
Até mesmo ações cotidianas, como enviar uma mensagem, devem ser feitas com discernimento: se essa fosse a última coisa que se deixasse no mundo, haveria motivo para arrependimento?
Esse pensamento pode ser um guia para uma vida mais bem direcionada e plena de sentido.
Uma resposta
São José rogai por todos que partiram neste dia!