Mesmo após intervenção policial e ausência de crime, extremistas hindus perseguiram fiéis e agrediram sacerdotes católicos.

Um novo episódio de intolerância religiosa atingiu a comunidade católica na Índia.
No dia 31 de março, cerca de 50 católicos da paróquia de Mandla — iniciaram uma peregrinação pelas igrejas da diocese de Jabalpur, no estado de Madhya Pradesh, como parte das celebrações do Ano Jubilar 2025.
O que era para ser um momento de graça e devoção acabou se tornando um cenário de medo e hostilidade.
Falsas acusações e prisões sem fundamento
Logo na primeira parada, na igreja da Santíssima Trindade, o grupo foi confrontado por radicais hindus que os acusaram de promover conversões forçadas.
Os agressores, identificados como membros do grupo extremista Bajrang Dal — ala jovem do movimento nacionalista Vishva Hindu Parishad (VHP) — levaram os peregrinos até a delegacia de Omti.
A polícia, após breve investigação, constatou que todos os fiéis estavam ali por livre vontade e não encontrou qualquer irregularidade. O grupo foi então liberado para seguir viagem.
É importante destacar que os cristãos envolvidos pertencem a comunidades tribais cujos ancestrais se converteram ao catolicismo há mais de um século — uma fé que corre em suas veias e que agora sofre tentativas de apagamento por uma minoria extremista.
Seguimento e perseguição contínua
Mesmo após a liberação, os peregrinos foram perseguidos até a igreja de Santo Tomás, em Ranchi.
A multidão de extremistas, instigada pelos mesmos radicais, cercou os fiéis mais uma vez e os levou à delegacia local, onde repetiram as acusações infundadas.
Novamente, a polícia não encontrou motivo para deter o grupo ou abrir processo formal contra os religiosos.
Diante da tensão crescente, a polícia decidiu manter os peregrinos dentro da delegacia por segurança. Lá fora, a multidão vociferava ameaças e tentava pressionar por represálias.
Agressões a sacerdotes e insultos públicos
Na tentativa de acalmar os ânimos e prestar apoio ao grupo, o vigário geral da diocese, padre Davis George, e o fiscal diocesano, padre George Thomas, dirigiram-se até a delegacia.
No entanto, ao chegarem, foram imediatamente abordados e agredidos fisicamente por membros do Bajrang Dal. Além das agressões, os sacerdotes também foram insultados com palavras ofensivas.
Felizmente, a polícia garantiu a integridade dos clérigos e, por volta das 16h30, escoltou todos de volta à cidade de Mandla, encerrando, ao menos por ora, mais um capítulo doloroso da perseguição silenciosa que os cristãos sofrem em território indiano.
E embora este episódio tenha terminado sem vítimas, muitos católicos na Índia e em diversos outros lugares do mundo vivem sob constante ameaça. Clique aqui e acenda uma vela pelos católicos perseguidos.
Perseguir a Igreja é atacar o próprio Cristo
O arcebispo Valan Arasu lamentou o ocorrido e afirmou que cada boa ação da Igreja é interpretada como tentativa de conversão, mesmo quando nada há além de serviço ao próximo.
“Estamos aqui para servir. A conversão é obra de Deus”, declarou.
As palavras do bispo ecoam o espírito de mártir de tantos santos que enfrentaram calúnias e perseguições com o olhar fixo no Céu.
Padre Pio, por exemplo, foi acusado e isolado durante anos — não por crime algum, mas porque incomodava o inferno com sua fidelidade radical.
Fé que resiste e brilha na escuridão
O caso ocorrido na Índia é mais do que um alerta. É um chamado. O sangue dos inocentes sempre foi semente de novos cristãos. Quanto mais a luz da Igreja é combatida, mais ela brilha nas trevas.
Rezemos pelos peregrinos de Jabalpur. E que a coragem deles inspire também a nossa fé — que muitas vezes, livre e confortável, adormece diante da indiferença.






Uma resposta
Deus lhe deia força e coragem e aumentar a fé esperança em Jesus Cristo nesta hora de tribulações com o inimigos assim Deus abençoe e proteja com sua intercessão Deus seja louvado e sua mãe Maria santíssima Amém 🙏🙏🇵🇹🇵🇹💜🇵🇹🇵🇹🇵🇹