Católico pode dar ou consumir doces de São Cosme e Damião?

Conheça a história dos santos mártires e entenda o perigo por trás da tradição da distribuição dos “doces de Cosme e Damião”.

Todo ano, no final de setembro, uma tradição se espalha pelas ruas do Brasil: a distribuição de saquinhos coloridos repletos de guloseimas para crianças.

A prática, popularmente associada a São Cosme e Damião, gera uma dúvida frequente nos lares católicos: afinal, os fiéis podem participar desse costume?

A resposta, conforme explicam especialistas, exige um mergulho na história, tanto dos santos quanto da própria tradição religiosa brasileira.

Vamos desvendar, ponto a ponto, esta questão, afinal, conhecer a nossa fé é o primeiro passo para vivê-la em plenitude.

Os Santos Médicos: Uma História de Fé e Caridade

Para começar, é fundamental conhecer a verdadeira história dos irmãos Cosme e Damião.

Nascidos no século III, na Síria, eles eram gêmeos, médicos e profundamente cristãos.

Sua fama, contudo, não vinha apenas da habilidade com a medicina, mas do coração generoso com que exerciam sua profissão.

São Cosme e São Damião percorriam as cidades curando doentes e, movidos por um amor imenso a Cristo, nunca cobravam por seus serviços.

Eles entendiam que cada cura física era uma oportunidade para cuidar da alma e anunciar o Evangelho.

Por fim, sua fé inabalável levou-os ao martírio durante a perseguição do imperador Diocleciano, tornando-os padroeiros de médicos, farmacêuticos e faculdades de medicina.

A Igreja os celebra, com grande solenidade, no dia 26 de setembro. Mas, então, de onde vem a associação com os doces?

Sincretismo: Quando a fé se encontra com o paganismo

Aqui reside o cerne da questão.

Conforme alertou à ACI Digital o Monsenhor Rubens Miraglia Zani, exorcista de Bauru–SP e membro da Associação Internacional de Exorcistas, a tradição de distribuir doces não tem nada a ver com a Igreja Católica”.

Segundo ele, a prática é, na verdade, “uma tradição de candomblé e de umbanda, onde os santos católicos Cosme e Damião são sincretizados com ibejis e doum, que são entidades consideradas entidades infantis dentro da umbanda e do candomblé”.

Com a chegada dos escravos ao Brasil, e diante da impossibilidade de cultuar abertamente seus orixás, muitos adotaram um sincretismo, associando divindades africanas a santos católicos.

Eles creem que esses ‘ibejis’ são protetores do parto duplo, amigos das crianças e responsáveis por atender pedidos em troca de doces. Daí o costume de se distribuir doces em honra a eles.

A distribuição de doces é, portanto, uma oferenda consagrada a essas entidades dentro de seus rituais.

Este sincretismo toca em uma verdade espiritual alertada há milênios nas Sagradas Escrituras: “Os deuses dos pagãos são demônios” (Sl 95,5).

Esta não é uma mera metáfora, mas uma realidade espiritual grave: por trás de toda idolatria, operam forças demoníacas contrárias a Deus.

E o Católico, como deve agir?

Diante desta realidade, surge o alerta pastoral. A Igreja proíbe expressamente a participação em rituais de outras religiões, pois isso contradiz o Primeiro Mandamento.

Consumir doces que possam ter sido consagrados em tais rituais, mesmo sem saber, é uma prática que deve ser evitada por todo católico fiel.

O apóstolo São Paulo adverte com gravidade: “que o que os pagãos imolam, imolam aos demônios e não a Deus. E não quero que tenhais comunhão com os demônios” (1 Cor 10,20).

Ou seja, participar de algo consagrado a um ídolo pode, mesmo que involuntariamente, significar ter comunhão com demônios.

Por isso, proteger a alma e a família é um dever. Torne-se membro do grupo Filhos Protegidos do Padre Pio e viva sob a intercessão poderosa deste grande santo.

Portanto, oriente suas crianças, filhos, sobrinhos, netos, a não aceitarem doces de desconhecidos durante este período.

Da mesma forma, os pais e avós evitem distribuir doces nesse contexto, pois esta prática, aparentemente inocente, pode significar uma perigosa cumplicidade com o erro.

Nossa adesão à integridade da fé deve vir em primeiro lugar e é uma forma poderosa de fazer apostolado.

Redirecionando o Gesto: Da Superstição à Pura Caridade

A essência do legado de São Cosme e São Damião, porém, não foi substituída: permanece a caridade desinteressada.

Um católico que deseja honrar verdadeiramente estes santos devem imitar suas obras de misericórdia, tanto corporais quanto espirituais.

Que tal, por exemplo, visitar um doente, auxiliar um idoso ou ajudar uma família carente em sua comunidade?

E, movido pelo mesmo espírito dos santos médicos, oferecer o que é verdadeiramente necessário: alimento para o corpo e, sobretudo, para a alma?

Ao fazer isso, deixe claro que é um gesto de caridade cristã, explicando brevemente quem foram São Cosme e São Damião.

Dessa forma, você não dissemina práticas pagãs, mas evangeliza através de uma ação simples e bondosa, seguindo o verdadeiro exemplo dos santos mártires.

Celebre São Cosme e São Damião com Conhecimento e Amor

Em resumo, a celebração católica de São Cosme e Damião deve se concentrar na vida heroica desses mártires, na oração e em gestos de caridade autênticos.

Honremos estes grandes santos com uma vida de serviço incondicional e amor radical a Deus, rejeitando claramente toda e qualquer prática contrária à nossa Fé.

Compartilhe este artigo com outros católicos e seja um instrumento para esclarecer outros irmãos, levando a autêntica devoção a São Cosme e São Damião para seus familiares e amigos.

Mas não basta apenas informar: é preciso também se proteger. Em tempos de tantas confusões espirituais, ser membro dos Filhos Protegidos do Padre Pio é um modo concreto de blindar sua família e permanecer firme na fé católica.

Clique aqui e saiba como fazer parte deste grupo abençoado.

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