Santa Teresinha: 100 anos de milagres, amor e promessas cumpridas

Hoje celebramos o centenário da canonização da “maior santa dos tempos modernos”, modelo de confiança e santidade para o nosso tempo

Hoje, 17 de maio de 2025, a Igreja celebra uma data extraordinária: os 100 anos da canonização de Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face. 

Em 1925, a jovem carmelita, que viveu escondida no convento de Lisieux, foi reconhecida publicamente como santa pelo Papa Pio XI. Sua fama de santidade, no entanto, já havia ultrapassado os muros do Carmelo e tocado o coração de milhares pelo mundo.

Uma santa que continua a tocar os corações

Neste mês de maio, os olhos da Igreja se voltam com carinho para uma figura doce, corajosa e extraordinária: Santa Teresinha do Menino Jesus e da Sagrada Face. Sua beatificação, ocorrida em 29 de abril de 1923, e sua canonização apenas dois anos depois, em 17 de maio de 1925, mostram a rapidez com que a Igreja reconheceu o impacto de sua vida e espiritualidade. 

A cerimônia, realizada pelo Papa Pio XI na Basílica de São Pedro, reuniu milhares de fiéis, centenas de bispos e dezenas de cardeais, confirmando que a “pequena Teresa” já era imensa no coração do povo.

Santa Teresinha continua sendo uma das figuras mais queridas da espiritualidade católica. Seu caminho de santidade, marcado pela simplicidade, ousadia e amor total a Jesus, continua a cativar e transformar gerações que, em meio às lutas do mundo moderno, encontram nela uma amiga espiritual fiel.

Das lágrimas à confiança: uma infância marcada por fé e dor

Maria Francisca Teresa Martin nasceu em 2 de janeiro de 1873, em Alençon, na França. Criada em um lar profundamente católico, era filha de Zélia e Luís Martin, ambos hoje canonizados. 

A morte precoce de sua mãe, quando Teresa tinha apenas quatro anos, feriu profundamente seu coração sensível. Foi um luto que moldaria, mais tarde, sua espiritualidade de abandono e confiança.

Sua saúde frágil preocupava a família, mas também permitia vislumbres de sua vocação precoce. Um episódio marcante ocorreu quando ela contemplava a imagem da Imaculada Conceição e viu Nossa Senhora sorrir para ela. Desde então, sentiu-se curada e fortalecida. Era o sinal de que Deus a queria inteiramente para Si.

Ousadia santa: o pedido ao Papa

Determinada a seguir sua vocação, Teresa desejava entrar no Carmelo ainda adolescente. Mas havia um obstáculo: sua idade. 

Em uma peregrinação a Roma, com apenas 14 anos, ousou fazer um pedido diretamente ao Papa Leão XIII: a permissão para ingressar no mosteiro. O pedido inusitado comoveu a todos.

Meses depois, seu desejo foi atendido. Teresa ingressou no Carmelo de Lisieux aos 15 anos, onde viveu uma vida escondida, mas profundamente fecunda.

Tomou o nome de Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face e transformou os pequenos gestos cotidianos em atos heroicos de amor.

Essa atitude lembra, de certo modo, a firmeza e obediência do Padre Pio, que também enfrentou resistências e provações silenciosas no convento de San Giovanni Rotondo, e mesmo assim floresceu em santidade.

A “pequena via” que transforma o mundo

Em vez de grandes feitos, Santa Teresinha escolheu viver o ordinário de forma extraordinária. Sua “pequena via” é hoje um dos caminhos espirituais mais profundos e acessíveis: confiar inteiramente na misericórdia de Deus e viver cada instante com amor.

Ela dizia: “Quero passar meu céu fazendo o bem na terra.”

Não por acaso, foi declarada padroeira das missões, mesmo sem nunca ter saído do convento. Seu coração era missionário, seu amor, universal. Esse exemplo ecoa nos tempos atuais. Quantos de nós, em meio a limitações e desafios, podem encontrar na “pequena via” um caminho seguro rumo à santidade? 

Assim como o Padre Pio aconselhava a viver cada sofrimento com amor e união a Cristo, Teresinha ensina que os menores atos têm valor eterno quando feitos com fé.

Milagres, flores e graças: o reconhecimento da Igreja

O milagre que abriu caminho para sua canonização ocorreu em 1923: Maria Pellemans, uma jovem belga, foi milagrosamente curada de tuberculose após rezar no túmulo da carmelita. 

Esse milagre, reconhecido oficialmente pouco tempo depois, abriu caminho para sua canonização, em maio de 1925. Na Missa solene de canonização, celebrada na Basílica de São Pedro, estavam presentes 5 mil fiéis, 250 bispos e 23 cardeais — todos reunidos para testemunhar a elevação daquela que já era chamada de “a maior santa dos tempos modernos”.

Cem anos depois, Santa Teresinha permanece surpreendentemente atual. Sua mensagem continua viva e necessária: confiar na misericórdia divina, fazer tudo com amor, dizer “sim” mesmo quando custa. 

É um chamado radical, mas profundamente acessível. Teresa nos ensina que, mesmo com nossas fraquezas, somos capazes de alcançar o Céu se amarmos com todo o nosso coração.

Hoje, neste centenário histórico, você é convidado a fazer parte desse momento de fé e gratidão. A campanha “100 anos de amor e promessas cumpridas” é uma oportunidade de levar Santa Teresinha para o seu lar e para sua vida. 

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Uma santa para hoje e sempre

Santa Teresinha continua viva nas flores que envia, nos corações que toca e nos testemunhos que inspira. Sua amizade espiritual tem sido redescoberta, sobretudo entre os jovens, que veem nela alguém que compreende as dores da alma, os anseios do coração e o desejo de santidade.

Ela mostra que é possível amar com intensidade no silêncio do cotidiano, que cada sacrifício escondido pode ser uma semente de eternidade. Em um mundo barulhento e disperso, Teresa nos convida à confiança, à simplicidade e à entrega total a Deus.

Por isso, neste ano centenário, redescubra a beleza de sua vida. Deixe que as rosas de Santa Teresinha floresçam também em seu coração.

E se você deseja espalhar esse perfume de santidade, apoie agora a campanha “100 anos de amor e promessas cumpridas”. Sua ajuda permitirá que mais e mais pessoas conheçam e se encantem com a história da “maior santa dos tempos modernos”.

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Santa Teresinha disse: “O bom Deus não me inspiraria desejos irrealizáveis.”

Hoje, ao celebrar os 100 anos de sua canonização, que essa certeza nos acompanhe também, e que aprendamos, com ela e com Padre Pio, a amar até o fim — silenciosamente, profundamente, eternamente.