Na Paixão de Cristo, ecoam as queixas do Céu contra a indiferença humana — e nos convidam à conversão radical.

O Silêncio de Deus Fala Alto
Na Sexta-feira Santa, também chamada de Sexta-feira Maior, o céu parece emudecer.
As igrejas se vestem de sobriedade. O altar, despido. O sino, calado. E o mundo é chamado ao recolhimento.
Mas esse silêncio carrega uma dor profunda — a dor do amor rejeitado.
É o dia em que Cristo, inocente e obediente até a morte, entrega-se livremente à Cruz. Para muitos, é uma data de luto.
Mas, para o católico, é um momento de contemplação. Porque não é a derrota que celebramos, mas a vitória de um Deus que escolheu sofrer para salvar.
As Queixas do Amor Desprezado
Durante a liturgia das 15h — hora em que Jesus expirou na cruz — um antigo hino chamado Impropérios ressoa pelas igrejas.
É Deus que fala. Com ternura, mas também com dor. Suas palavras não são de acusação, mas de amor ferido.
“Povo meu, que te fiz eu? Diz em que te contristei? Por que à morte me entregaste? Em que foi que eu te faltei?”, pergunta o Senhor.
E conclui: “Só na cruz tu me exaltaste, quando em tudo te exaltei! Que mais podia eu ter feito? Em que foi que eu te faltei?”
São perguntas que cortam o coração. Por que buscamos alegrias passageiras, quando temos à disposição uma felicidade eterna? Por que preferimos os prazeres passageiros ao invés da amizade de um Deus que nos ama até o fim?
Essas queixas não são novas. Já há muitos séculos o Senhor lamenta a frieza de muitos corações. O próprio São Pio de Pietrelcina, em seus momentos de oração, chorava pelas almas que desprezavam tão grande amor.
Se você também deseja consolar esse Coração ferido, faça hoje um ato concreto de amor.
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A Cruz Revela a Grandeza do Amor de Deus
Na Cruz, Deus fala sem palavras. Seus braços abertos são um apelo constante: “Vinde a mim todos vós.” (Mt 11,28).
Ao entregar o próprio Filho por nós, o Pai nos mostra o quanto valemos. Como disse São João:
“Deus amou tanto o mundo que entregou Seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).
Por isso, a Sexta-feira Santa não é dia de desespero. É dia de esperança. Cristo morreu, sim. Mas para nos dar a vida.
Hoje, Deus Ainda Espera por Você
Muitos ainda vivem como se essas queixas de Deus fossem apenas palavras do passado.
Mas a verdade é que elas continuam atuais. Deus segue sendo rejeitado, ignorado, esquecido.
E você? Como tem respondido a esse amor? Hoje, mais do que nunca, somos chamados a reavaliar nossas prioridades.
A Sexta-feira Santa nos convida a voltar ao essencial: ao silêncio interior, ao jejum que purifica, à oração que reconecta.
Você já ouviu o chamado? Responda com o coração.
A Sexta-feira Santa nos recorda que o Céu ainda clama pelos corações humanos.
A voz de Deus, tantas vezes abafada pelo ruído do mundo, continua a nos interpelar: “Por que me rejeitas, ó homem?”
A resposta está em nossas mãos. Podemos seguir ignorando. Ou, como fez Padre Pio, podemos abraçar a Cruz com amor e dizer com a vida: “Senhor, eu volto para Ti.”
E você pode dizer isso hoje mesmo, com um gesto concreto de fé e gratidão.
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