As advertências de Jacinta: o grito esquecido de Fátima contra os pecados da carne

O que Jacinta de Fátima transmitiu pouco antes de morrer permanece, em grande parte, esquecido por muitos católicos. Suas palavras lançam luz sobre as causas da decadência moral em que o mundo mergulhou. E indicam, com simplicidade desarmante, um caminho real de conversão.

 

Jacinta Marto, a pequena vidente de Fátima, comove o mundo até hoje com sua vida de sofrimento, penitência e uma seriedade impressionante.

No entanto,o que poucos recordam com a devida atenção são os avisos severos que ela transmitiu: palavras duras, sim, mas cheias de caridade verdadeira.

A menina, com apenas nove anos, falava com a gravidade de uma grande santa, condenando o pecado com clareza e apontando o único caminho possível para a salvação: a pureza, a penitência, a fidelidade à vontade de Deus.

Jacinta não foi uma criança comum

Tocada pelo olhar de Nossa Senhora em Fátima, a alma da pequena Jacinta ardeu num zelo pelo bem das almas que poucos adultos, mesmo entre os que se dizem católicos, ousam imitar.

Suas palavras não são apenas piedosas lembranças do passado. Elas denunciam, com simplicidade desconcertante, o panorama moral do mundo atual.

Os pecados da carne: a via rápida para o inferno

Entre as advertências mais impactantes de Jacinta está esta: “Os pecados que levam mais almas para o inferno são os pecados da carne.”

Poucas frases revelam com tanta contundência o estado deplorável da sociedade contemporânea. A explosão da imoralidade é mais do que uma degeneração cultural. É um atentado direto contra a salvação das almas.

Jacinta acrescenta, com tristeza: “Hão de vir umas modas que hão de ofender muito a Nosso Senhor.”

Que atualidade surpreendente!

É como se a pequena pastorinha tivesse presenciado os desfiles obscenos, os trajes indecentes popularizados nas ruas, a vulgaridade promovida como arte.

É exatamente por isso que vale a pena assistir a este vídeo sobre o que Padre Pio pensava sobre as modas modernas. Ele também se indignava com o avanço da imodéstia, e suas palavras ecoam com força ainda hoje. Um complemento poderoso para quem quer compreender o que está em jogo.

Modas que não apenas ofendem a Deus, mas contribuem para corromper mentes e corações desde a infância.

A Igreja não tem modas

Diante da avalanche de modismos que invadem até os templos, a frase de Jacinta soa como uma resistência heróica: “A Igreja não tem modas. Nosso Senhor é sempre o mesmo.”

A missão da Igreja não consiste em agradar aos homens, mas em conduzi-los ao Céu. Jacinta compreendia isso com clareza extraordinária, pois percebia, com horror, a perdição das almas e sabia que a Igreja existe, antes de tudo, para salvá-las do abismo.

Um mundo surdo à eternidade

“Se os homens soubessem o que é a eternidade, faziam tudo para mudar de vida.”

Nesse lamento de Jacinta, está contida uma chave para entender por que o mundo mergulha no pecado com tamanha leviandade.

O inferno tornou-se uma figura de linguagem, a morte foi camuflada por eufemismos, e a eternidade — essa realidade tremenda — é tratada como fábula.

Mas Jacinta a conhecia de perto. Ela sabia que o inferno existe e que é povoado por almas que se perderam por banalizar o pecado.

Matrimônios que não agradam a Deus

“Há muitos matrimônios que não agradam a Nosso Senhor.”

Que acusação grave! Em tempos de banalização do casamento, de divórcios fáceis e uniões irregulares celebradas como conquistas sociais, a advertência de Jacinta fere a sensibilidade moderna.

Mas quem ousará contradizer essa menina que se preparava para morrer oferecendo tudo pelos pecadores? Ela sabia o que dizia.

O matrimônio, sendo sagrado, exige pureza, fidelidade e abertura à vida. Realidades esquecidas ou desprezadas em nossos dias.

Santa pobreza, silêncio e pureza: caminhos esquecidos

Nas palavras que dirigiu à sua madrinha, Jacinta elenca uma verdadeira escola de santidade: fugir do luxo, amar a pobreza, praticar o silêncio, ter caridade, fugir das más companhias, mortificar-se, confessar-se com alegria.

Tudo isso, hoje, parece insensato ou até repressivo. Mas ali está o segredo da verdadeira alegria, da paz de consciência, do Céu.

Ao rejeitar esses conselhos, o homem moderno escolhe deliberadamente as sombras.

“Sem confissão não há salvação.” Essa frase, proferida com naturalidade pela menina, foi ensinada por Nossa Senhora.

O que diriam os modernistas de hoje, que pregam que o amor basta, que o pecado é relativo, e que o inferno talvez nem exista?

Jacinta não inventou nada. Ela apenas repetia com limpidez a doutrina católica de sempre, que hoje muitos têm vergonha de proclamar.

A virtude da castidade: uma bandeira em extinção

Jacinta revela ainda um ponto decisivo da mensagem de Fátima: o chamado à castidade:“A Mãe de Deus quer mais almas virgens, que se liguem a Ela pelo voto de castidade.”

A impureza é uma arma central do inimigo de Deus nos tempos modernos. Desde a infância, meninas e meninos são expostos à erotização.

A mídia, as escolas e até algumas instituições religiosas abandonaram o ideal da pureza como algo “inadequado” ou “antiquado”.

Jacinta, com sua mente iluminada pela graça, sabia que a pureza do corpo e da alma é condição para se aproximar de Deus: “Ser pura no corpo é guardar a castidade; e ser pura na alma é não fazer pecados.” 

Essa clareza é um incômodo para a consciência adormecida de muitos pais, catequistas e sacerdotes que preferem o silêncio cúmplice à firme defesa da virtude.

A presença real e a reverência perdida

Mesmo enferma, Jacinta se indignava ao ver que se falava e ria na capela.

Com coragem, pediu à madre superiora que advertisse as visitas e, não obtendo resultado, quis que o Cardeal fosse avisado:“Nossa Senhora não quer que a gente fale na igreja.”

Numa era em que se transformam os templos em salões de festa, auditórios ou centros de sociabilidade, esta criança lembra o que tantos esqueceram: a igreja é casa de Deus, e ali habita o próprio Jesus no Santíssimo Sacramento.

O chamado de Fátima ainda é ignorado

Ao reler essas palavras da pequena vidente, compreendemos que a mensagem de Fátima está longe de ser acolhida.

Fátima é, acima de tudo, um brado contra o pecado e um chamado urgente à conversão, à penitência, à reparação.

Hoje, mais do que nunca, é preciso escutar Jacinta. Suas palavras podem parecer duras, mas são remédios.

Seu ardor pela salvação das almas não é sentimentalismo infantil, mas caridade abrasadora, moldada à sombra da Cruz.

E agora, continuaremos a ignorar a mensagem de Fátima?

Se sente que o mundo perdeu o rumo, se deseja viver segundo o Imaculado Coração de Maria, comece hoje.

Reze o terço. Confesse-se com frequência. Ensine seus filhos a amar a pureza. Divulgue as palavras de Jacinta.

E se a pureza e a fé dos seus filhos realmente importam para você, então coloque-os sob a proteção de Nossa Senhora.

Inclua agora mesmo os nomes dos seus filhos ou netos na Missa de Nossa Senhora de Fátima.
Ligue para 0800 006 1223 ou 707 502 677 (Portugal).

Que Ela os guarde neste mundo tão confuso — e os conduza seguros até o Céu.

Uma resposta

  1. Excelente comentário sobre Santa Jacinta. As roupas indecentes já estão nas Igrejas Católicas, lamentavelmente. São dois pecados mortais: o desrespeito a Jesus e a impureza. A impureza campeia solta, no mínimo, de 1950 pra cá, mas piorou muito com a televisão de 80 pra cá (novelas e BBB) e com a “maravilhosa” ajuda do celular (procuro usar o celular pro Bem, embora só a radiação da radiofrequência já não seja muito boa pro cérebro. Procuro usar o mínimo possível).
    É pedir muita ajuda pra Jesus e procurar ter calma, porque o mundo é muito perverso (não só confuso, agitado. A agitação é consequência da perversidade reinante por aqui).
    Confiança em Jesus sempre e a prática do Bem também (o Bem também é não pecar. Não consentir pecado e não pensar neles).

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