Em plena madrugada, um fiel dorme ao volante e acorda diante do convento de Padre Pio. O que seria apenas um perigo iminente transformou-se num dos episódios mais tocantes do santo.
Um caminho longo, um coração devoto
O Sr. Biavati partiu de Florença movido por um desejo profundo: assistir à Santa Missa celebrada por Padre Pio e receber dele o sacramento da Confissão.
Uma decisão que exigia sacrifício, pois San Giovanni Rotondo não fica exatamente ao lado — trata-se de uma longa travessia, cruzando boa parte da Itália.
Mas nada parecia capaz de conter sua determinação. Nem o trânsito pesado da Autoestrada del Sole, nem o cansaço acumulado ao final do dia.
Biavati chegou a Nápoles exausto. A prudência recomendava descansar. Porém, depois de tomar três cafés num posto de estrada, sentiu um vigor novo e decidiu seguir viagem. Eram ainda mais de 200 km pela frente, no meio da noite.
E foi nesse momento que o milagre aconteceu.
O sono profundo e a chegada inexplicável
Após deixar a autoestrada, pegou a estrada secundária em direção ao convento. A última imagem que lembra com clareza foi colocar as mãos no volante.
Daí em diante… um vazio absoluto.
Nenhuma lembrança. Nenhuma curva. Nenhum farol. Nada.
Só voltou a si quando o carro já entrava na praça em frente à igreja onde Padre Pio celebrava. Nesse instante, sentiu alguém balançar-lhe suavemente o ombro e dizer:
— “Vamos, agora você assume o controle.”
Estacionou o carro atordoado. Era madrugada. Mas estava vivo, inteiro e, surpreendentemente, em paz.
A resposta de Padre Pio, simples como o Céu
Depois da Missa, Biavati se aproximou do Santo e, ainda sem compreender bem, contou-lhe o ocorrido. Disse que, por mais que tentasse, não conseguia lembrar de absolutamente nada do percurso. Era como se tivesse dormido ao volante por horas.
Padre Pio olhou para ele com aquele sorriso terno e afirmou:
— “Você está certo. Você esteve dormindo durante todo o caminho. Meu anjo da guarda estava dirigindo por ti.”
Não foi surpresa para quem conhecia a intimidade que o Padre mantinha com o sobrenatural. Para ele, o impossível era cotidiano. Os anjos, reais. E o cuidado com os filhos espirituais, total.
Quando o cansaço não é o fim, mas o começo da confiança
A história de Biavati é mais do que um relato curioso. Ela é um sinal. Um sinal para quem sente que está no limite, que não consegue mais manter as mãos firmes no volante da vida.
Quantas vezes nos perdemos nas noites da alma, sem forças para continuar? Quantas vezes a estrada parece longa demais e a vontade de parar nos sufoca?
Mas Biavati dormiu… e acordou no lugar certo.
Porque sua fé silenciosa havia movido o Céu. Um anjo, enviado por Padre Pio, tomou o volante. E o conduziu em segurança.
Você também pode estar sendo guiado, mesmo quando tudo parece parado. Mesmo quando parece que já não tem mais o controle.
Faça o que Biavati fez: confie e reze
Padre Pio dizia com frequência:
— “Mande-me seu anjo da guarda”.
Ele acreditava e agia conforme essa realidade invisível. Nós também podemos viver assim.
Na sua aflição, no seu caminho difícil, reze. Não espere ver para crer. A fé não é uma estrada bem iluminada — é um caminho que se percorre mesmo no escuro, de mãos dadas com o Céu.
Reze agora com confiança
Diante de sua estrada, talvez cheia de curvas, silêncio e perigos, reze com fé a oração tradicional da Igreja. Faça-a não como um hábito frio, mas como quem entrega, com humildade, as chaves da sua vida ao seu anjo da guarda — aquele que Deus destinou exclusivamente para você.
Oração:
Santo Anjo do Senhor,
meu zeloso guardador,
se a ti me confiou a piedade divina,
sempre me rege, me guarde, me governe, me ilumine.
Amém.
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