A cruz escondida do Padre Reus: quando o mundo não entende os santos

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Um episódio real que nos ajuda a compreender o silêncio de Deus nas provações mais duras.

Padre João Baptista Reus, jesuíta de origem alemã, mas com alma profundamente católica e brasileira.

Há santos que brilham nos altares. Outros, no entanto, parecem ser mantidos por Deus no esconderijo da dor, na obscuridade do esquecimento e na injustiça dos homens.

Assim foi com o Padre João Baptista Reus, jesuíta de origem alemã, mas com alma profundamente católica e brasileira.

Educado no Brasil, tornou-se um verdadeiro bastião da disciplina e da retidão nos colégios onde lecionava. Homem de oração profunda, de aparência serena, mas com firmeza de princípios que não se vergava diante da frouxidão moderna. Justamente por isso, passou a ser visto como obstáculo por muitos.

Um tempo que não queria mais santos exigentes

O ambiente ao seu redor havia se tornado mais complacente. Muitos colegas e superiores preferiam métodos “doces” para conquistar as almas dos jovens. Mas Padre Reus acreditava que a educação deveria moldar caráteres fortes para Deus.

Repreendido por aplicar regras que a tradição da Igreja sempre ensinou, foi acusado de ser duro demais. Ouviu do próprio superior: “Padre Reus, os tempos mudaram. Não se pesca moscas com vinagre, mas com mel.”

A resposta do padre foi direta, serena e dolorosa: 

“Mas mudou a doutrina?”

De professor de elite a capelão isolado

Por sua fidelidade, foi afastado das funções que exercia e transferido para um convento de religiosas, para ser capelão. Um verdadeiro rebaixamento, aos olhos do mundo. Um silenciamento. Mas Deus tinha planos mais altos.

Ali, longe das salas de aula, longe dos púlpitos e das reuniões importantes, Padre Reus começou a receber visões celestes.

Revelações místicas de grande profundidade. Nosso Senhor e Nossa Senhora lhe falavam. E ele anotava tudo, conforme a ordem de seus superiores. Não podia comentar com ninguém. Um segredo entre ele e Deus.

Passava horas escrevendo em silêncio. Quando terminava o dia, fechava o caderno e voltava para o seu recolhimento. Viveu assim até o fim da vida.

O esmeril da obscuridade e o brilho da santidade escondida

É possível que muitos ao seu redor o tenham considerado um “inútil”, um padre posto de lado, sem função prática. Mas no Céu, a balança da graça registrava cada linha, cada sacrifício oculto, cada humilhação suportada.

Como ensinava Padre Pio: 

“Sofrer calado, obedecer sem revolta, amar no escuro — isso é a santidade verdadeira.”

A vida de Padre Reus nos mostra que Deus muitas vezes permite que Seus melhores servos sejam postos de lado. Não para puni-los, mas para escondê-los do mundo e exaltá-los no tempo certo. 

Os santos são como o vinho: amadurecem no silêncio da adega.

Quaresma: tempo de aceitar o escondimento por amor

Estamos na Quaresma. Tempo de aceitar a cruz que não brilha. De viver a fidelidade silenciosa, sem aplausos. De suportar as pequenas humilhações com espírito de reparação.

Quantos de nós, por permanecer fiéis à moral católica, já fomos ridicularizados? Quantos, por preferirmos a oração ao barulho das redes sociais, fomos chamados de antiquados? Quantos, por recusar as concessões do mundo, já fomos tidos como fanáticos?

Que isso nos una ao Padre Reus, ao Padre Pio, à Nossa Senhora ao pé da cruz. Pois o sofrimento escondido é uma escada segura para o Céu.

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