Neste dia de Natal, contemplemos com o Padre Pio o Nascimento de Jesus em Belém.

Existe um modo mais profundo de viver o Natal. É o modo dos santos, que enxergam além dos enfeites e dos presentes, penetrando no mistério sublime que celebramos.
São Pio de Pietrelcina nos deixou um tesouro: sua meditação pessoal sobre o Nascimento de Jesus.
Abaixo, compartilhamos suas palavras que nos guiam até a gruta de Belém.
Que elas levem você, em espírito, a ajoelhar-se junto a Maria, José e os pastores e adorar o Deus que se fez pequeno por amor a nós.
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“No coração da noite, na estação mais fria, na gruta mais gelada – mais adequada ao gado do que aos seres humanos – vem uma luz na plenitude dos tempos, o prometido, Jesus, o Salvador dos homens.
Sem barulhos em volta, um boi e um asno dão calor ao pobre recém-nascido. Ao seu lado, O adoram uma mulher humilde e um homem pobre.
Ouvem-se apenas os vagidos e o choro do Menino Deus. Com este choro e com estes vagidos, Ele oferece à Divina Justiça o primeiro resgate para a nossa reconciliação.
Há quarenta séculos que se espera a sua chegada.
Entre suspiros, os antigos Patriarcas haviam invocado sua vinda e os escritores sagrados claramente haviam profetizado o lugar e a época do seu nascimento.
Porém, tudo é silêncio e parece que ninguém conhece este acontecimento.
Só um pouco mais tarde Ele recebe a visita dos pastores que se ocupam de vigiar o rebanho nos prados.
Foram advertidos por espíritos celestiais de tão grande acontecimento e convidados a ir à gruta.
Quais e quantos são, ó cristãos, os ensinamentos que tem como ponto de partida a gruta de Belém!
Oh, como deve sentir-se incendiado de amor o coração de cada um pelo Deus que por nós se fez toda ternura!
Oh, como deveríamos arder pelo desejo de conduzir o mundo inteiro a essa gruta humilde, asilo do Rei dos reis, maior que o mais suntuoso palácio humano, porque é trono e morada de Deus.
Roguemos a este Divino Menino que nos revista de humildade, dado que somente com esta virtude poderemos deleitar-nos com este mistério cheio de ternuras divinas.
[…]
Oh Sabedoria e Potência de Deus, sentimos o dever de exclamar extasiados com teu Apóstolo, como são incompreensíveis os juízos e inescrutáveis seus caminhos!
Pobreza, humildade, abjeção e desprezo circundam o Verbo feito carne;
Para nós, na escuridão em que o Verbo foi feito carne está envolto, compreendemos uma coisa, ouvimos uma voz e entrevemos uma sublime verdade:
Tudo isso fizestes por amor, nos convidas ao amor, só nos fala de amor, não nos dá provas, senão de amor.
O Menino Celestial sofre e chora na manjedoura, para fazer com que o sofrimento para nós seja amável, meritório e desejado.
Tudo Ele sofreu para que aprendêssemos com Ele a renunciar os bens e as comodidades terrenas.
Ele se satisfaz com os humildes e com os pobres adoradores para nos fazer apreciar e amar a pobreza e a preferir a companhia dos humildes e dos simples, ao invés dos grandes do mundo.
Este Menino Celestial, doce e suave, quer infundir em nossos corações com seu exemplo estas sublimes qualidades, para que no mundo dilacerado e revoltado, surja uma era de Paz e Amor.
Ele, desde o seu nascimento, nos indica nossa missão, que é aquela de desprezar tudo o que o mundo ama e busca.
Oh, prostremo-nos diante do presépio e com o grande São Jerônimo, o santo inflamado pelo amor ao Menino Jesus, devemos oferecer-lhe todo nosso coração sem reserva alguma, prometendo-lhe colocar em prática seus ensinamentos, os quais chegam a nós da gruta de Belém e manifestam-se claramente que sobre este mundo tudo é vaidade das vaidades e nada mais do que vaidade!”
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Agora que você contemplou esta joia de espiritualidade, complete sua meditação fazendo uma súplica.
Clique aqui para acender sua Vela de Natal e apresentar ao Padre Pio, com a simplicidade do coração, as graças que mais deseja neste dia santo.




