São Nicolau de Mira: o “verdadeiro Papai Noel”

Conheça a história do bispo celebrado no dia 6 de dezembro, cuja bondade e misericórdia inspirou a figura do Papai Noel.

Origem e primeiros anos

São Nicolau nasceu por volta do ano 270, na cidade de Patara, região da Lícia (atual Turquia), então parte do Império Romano.

Filho de uma família cristã abastada, perdeu o pai e a mãe ainda jovem, vítima de uma epidemia que assolou a região.

Ao tornar-se órfão, Nicolau, recordando a passagem do “jovem rico”, empregou toda a riqueza paterna à assistência dos necessitados, enfermos e pobres, observando o conselho de Jesus no Evangelho.

Sua grande disposição em praticar com largueza as obras de misericórdia corporais o tornariam conhecido ao longo dos séculos.

A vocação e a nomeação como bispo

Ainda jovem, decidiu dedicar-se totalmente à vida religiosa. A tradição narra que, pela reputação de santidade e equilíbrio, foi escolhido para ser bispo de Mira (também na atual Turquia), uma cidade importante da Ásia Menor.

Seu episcopado atravessou um período turbulento, incluindo a perseguição aos cristãos conduzida pelo imperador Diocleciano e, depois, os debates teológicos do século IV.

São Nicolau participou do Concílio de Niceia, em 325, defendendo a ortodoxia cristã diante do avanço da heresia ariana, que negava a divindade de Jesus Cristo.

A Tradição conta que ele, movido por uma santa ira, esbofeteou o bispo Ário, que defendia a tese herética de que Jesus não era Deus.

Os outros bispos puniram a atitude que acreditaram ser exaltada, mas Nosso Senhor e Sua Mãe Santíssima apareceram diante de todos para mostrar sua aprovação à atitude do Bispo de Mira.

Diante desse testemunho firme na fé, muitos fiéis buscam fortalecer também a própria vida espiritual unindo-se aos Filhos Protegidos do Padre Pio.

Neste grupo contam com orações constantes, 2 Missas toda semana e a proteção de São Pio de Pietrelcina. Se desejar conhecer, clique aqui.

Gestos que ficaram na história

O que tornou São Nicolau uma figura tão presente no imaginário católico não foram apenas suas contribuições teológicas, mas, sobretudo, suas obras de caridade.

A mais famosa delas envolve três moças que, por falta de dote, corriam o risco de serem entregues a um destino indigno: a prostituição.

O santo bispo, discretamente, deixou bolsas de ouro na janela da casa da família, garantindo-lhes a possibilidade de casarem e constituírem família.

Outro relato conhecido afirma que três jovens estudantes viajavam a caminho de Atenas, e, ao passarem a noite numa hospedaria, foram assaltados e mortos.

São Nicolau, que também viajava para Atenas, parou na mesma hospedaria e, enquanto dormia, teve uma visão que revelou o crime cometido e o autor.

Recolhendo-se em oração, ele ressuscitou os três estudantes e obteve o arrependimento e a conversão do malvado que lhes tirara a vida.

Essas e outras atitudes de grande misericórdia alimentaram sua reputação de protetor dos pobres, viajantes, marinheiros e crianças.

Morte e difusão do culto

São Nicolau morreu em 6 de dezembro de 343, data que se tornou posteriormente sua festa litúrgica.

Com o tempo, seu culto se espalhou pela Europa Oriental e Ocidental, especialmente após a transferência de suas relíquias para Bari, na Itália, no século XI.

A cidade italiana se transformou em polo de peregrinação, consolidando a devoção ao santo que viveu de maneira heróica sobretudo a caridade e a firmeza na fé.

De santo a “símbolo” do Natal

A transformação de São Nicolau no personagem que conhecemos hoje como Papai Noel aconteceu séculos depois, impulsionada por tradições populares europeias.

Nos Países Baixos, na Alemanha e na Áustria, o “Sinterklaas” ou “Santa Klaus” (ainda reconhecidamente o bispo São Nicolau) levava presentes às crianças que haviam agido bem ao longo do ano, no início de dezembro.

Imigrantes dessas regiões levaram a tradição à América no século XIX.

No início do século XX, nos Estados Unidos, o personagem foi sendo adaptado, ganhando roupas vermelhas e assumindo infelizmente um ar mais secular, ganhando um protagonismo cada vez maior nas festas natalinas.

Por conta dessas transformações culturais, pouco permanece ligado à figura histórica de São Nicolau.

A figura moderna do bom velhinho não apenas ampliou cores e formas, mas deturpou a imagem do santo que viveu a caridade de maneira tão generosa que ela não pode ser esquecida.

E para quem deseja viver o Natal com um sentido mais profundo — longe dessa visão secularizada — o grupo Filhos Protegidos do Padre Pio ajuda a manter viva a verdadeira espiritualidade deste tempo. Veja aqui como participar.

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