Por que Nossa Senhora de Fátima Apareceu sobre uma Azinheira?

Mais do que uma árvore, a azinheira tornou-se um símbolo da Mensagem de Fátima e há uma razão profunda para isso.

Em Guadalupe, Nossa Senhora apareceu em cima de um cacto; em Lourdes, numa gruta e em La Salette, sentada numa pedra.

Mas esses locais não foram escolhidos ao acaso, como também não foi ao acaso o lugar onde a Santíssima Virgem apareceu em Fátima.

Num campo árido na Cova da Iria, uma simples azinheira tornou-se, em 1917, o local onde o céu tocou a terra e o trono da Rainha do Céu e da Terra.

Esta árvore, típica da paisagem mediterrânea, foi o palco escolhido para as aparições de Nossa Senhora a Lúcia, Francisco e Jacinta.

Mas o que torna esta árvore tão especial? Para compreender, é preciso voltar ao cenário e ao tempo em que tudo começou.

O Cenário do Maior Evento do Século XX

Imagine a paisagem portuguesa de 1917: um campo rural, seco e pontuado por poucas árvores resilientes.

Entre elas, uma jovem azinheira, de pouco mais de um metro e meio. Era sob a sua sombra que os três pastorinhos costumavam rezar o terço enquanto pastoreavam suas ovelhas.

Tudo mudou, porém, a 13 de maio daquele ano, a rotina simples foi quebrada por uma luz sobrenatural.

Foi precisamente sobre a copa daquela azinheira que as crianças testemunharam o surgimento de uma “Senhora mais brilhante que o sol”.

A visão, que não tocava o chão, transformou a humilde árvore no lugar onde o Céu se inclinou sobre a terra.

A Simbologia da Resistência e da Eternidade

A escolha da azinheira não foi um mero acaso geográfico.

Esta espécie de carvalho perene é conhecida por sua extraordinária resistência e por suportar secas, calor intenso e frio rigoroso, mantendo-se verde durante todo o ano.

Esta característica não é apenas botânica; mas ecoa uma poderosa imagem das Sagradas Escrituras.

Muitas vezes, Deus apareceu a personagens bíblicos sob ou perto de carvalhos, árvores da mesma família que as azinheiras, tornando-os lugares de revelação, semelhante ao que aconteceu em Fátima.

Nosso Senhor usa a imagem de árvores robustas como o carvalho para simbolizar a força, a glória e a solidez, especialmente do povo de Deus quando é fiel.

Falando do homem justo, o profeta Jeremias, afirma:

“Ele será como uma árvore plantada à beira da água, que estende as suas raízes para a corrente; não receia quando vem o calor, e a sua folha mantém-se verde; num ano de seca não se inquieta, nem deixa de dar fruto” (Jr 17,8).

A azinheira, com suas raízes profundas que a permitem sobreviver à seca, é a encarnação viva desta promessa bíblica.

Assim também deve ser a fé dos que seguem o pedido da Virgem de Fátima: firme, confiante e perseverante.

Ao tornar-se Missionário de Fátima, você ajuda a espalhar esta fé que resiste às provações e mantém viva a mensagem que Nossa Senhora confiou aos Pastorinhos.

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Assim, a árvore de Fátima tornou-se metáfora da própria mensagem de Nossa Senhora:

  • Representa uma fé que não deve murchar diante das provações.
  • Simboliza a presença constante e reconfortante de Nossa Senhora na vida dos fiéis.
  • Evoca a paz e a eternidade, qualidades que a ligam simbolicamente até ao azevinho e à oliveira.

Assim como Nossa Senhora escolheu o coração humilde dos pastorinhos, escolheu também uma árvore comum para uma missão extraordinária, exaltando o valor da simplicidade e da humildade.

O Destino da Azinheira Original e a Fé que Persiste

Infelizmente, a azinheira original não resistiu ao fervor dos devotos.

Após o grandioso Milagre do Sol, a 13 de outubro, a pequena árvore foi alvo de um ato de vandalismo na noite de 23 para 24 de outubro.

Um grupo de homens, a mando do governo, conforme documentado pelo Cônego Manuel Formigão numa carta ao Bispo de Portalegre, D. Manuel Mendes da Conceição Santos, removeu o que pensava ser a azinheira privilegiada.

Curiosamente, na Primeira Memória, a Irmã Lúcia indica que os vândalos levaram a árvore errada:

“Mandaram, pois, uma noite, alguns homens com um automóvel, para cortar a carrasqueira onde se tinha dado a aparição e levá-la de rasto atrás do automóvel. Pela manhã, espalhou-se, rápida, a notícia do acontecido.

Lá fui correndo, para ver se era verdade. Mas qual não foi a minha alegria, quando notei que os pobres homens se tinham enganado e que, em vez da carrasqueira, tinham levado uma das azinheiras contíguas!

Pedi, então, a Nossa Senhora perdão para esses pobres homens e rezei pela sua conversão.”

A verdade é que, pouco a pouco, a azinheira original foi sendo desfeita por fiéis que desejavam levar um fragmento seu como relíquia.

O local exato onde ela se erguia está hoje marcado pela coluna com a imagem de Nossa Senhora, no Recinto de Oração do Santuário.

No entanto, a “azinheira grande”, sob a qual as crianças aguardavam as aparições, permanece até hoje no local, como testemunha silenciosa e viva dos acontecimentos.

Uma Lição Viva para os Nossos Dias

A azinheira escolhida pela Virgem de Fátima é, para nós, um convite silencioso e constante.

Assim como a árvore resistiu intempéries, somos chamados a cultivar uma fé robusta e perene, capaz de permanecer verdejante mesmo nos invernos mais rigorosos da nossa vida.

A azinheira recorda-nos que Deus atua no ordinário, transformando o simples em sagrado. Sua lição de humildade e força ecoa através dos tempos, inspirando milhões de peregrinos.

Partilhe esta história de fé e resistência. Quem na sua vida precisa de lembrar que Deus escolhe o humilde para realizar grandes obras?

Não deixe que a Mensagem de Fátima se cale.

Com a sua ajuda, os Missionários de Fátima continuarão a difundir a devoção ao Imaculado Coração de Maria, formando novos apóstolos e sustentando obras de evangelização.

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Apesar de a azinheira original já não existir, o seu legado permanece mais vivo do que nunca.

Ela prova que, por vezes, as coisas mais frágeis em aparência são as que abrigam as raízes mais profundas e eternas.

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