Nossa Senhora do Rosário: A Vitória de Maria Santíssima sobre o Mal

No dia 7 de outubro, a Igreja celebra a Virgem do Rosário, recordando as graças e vitórias obtidas por meio dessa devoção mariana.

As origens do Santo Rosário

As raízes do Santo Rosário remontam ao início do século XIII.

Em 1212, São Domingos de Gusmão, então em Toulouse, rezava com fervor pedindo à Virgem Maria que lhe mostrasse um meio eficaz para combater a heresia albigense (aquela que nega a bondade da criação e os sacramentos da Igreja) que ameaçava a fé cristã.

Atendendo à sua súplica, a Santíssima Virgem lhe apareceu numa capela do Mosteiro de Prouilhe, na França, trazendo nas mãos um rosário.

Ela ensinou ao santo a forma de rezá-lo e pediu que o propagasse entre os homens. Junto com esse dom, Nossa Senhora fez-lhe diversas promessas para todos os que fossem fiéis à oração do Rosário.

São Domingos ensinou os soldados liderados por Simão IV de Montfort a recitar o Rosário antes da Batalha de Muret, a qual assegurou a vitória da Igreja contra a heresia no sul da França.

A vitória, surpreendente e decisiva, foi atribuída à intercessão da Virgem Maria. Em sinal de gratidão, Montfort mandou construir a primeira capela dedicada a Nossa Senhora do Santíssimo Rosário.

O renascimento da devoção

A vitória de Muret fez São Domingos compreender que o Rosário era mais do que uma simples devoção.

Era um verdadeiro instrumento de refúgio e força, um escudo contra as heresias e um consolo nas provações da vida.

A simplicidade dessa oração e o fato de ter sido entregue pela própria Mãe de Deus contribuíram para que ela se difundisse rapidamente entre o povo cristão.

No século XV, porém, a devoção ao Rosário começou a decair. Foi então que a Santíssima Virgem apareceu novamente, desta vez ao Beato Alanus de Rupe, dominicano.

Ela pediu-lhe que a devoção fosse reavivada e que registrasse, em um livro, os milagres e graças concedidos por meio do Rosário.

Nossa Senhora também recordou a Alanus as promessas feitas séculos antes a São Domingos.

Assim, a devoção voltou a florescer, preparando o caminho para um dos momentos mais marcantes da história cristã.

Hoje, quem empunha o Rosário mantém viva a fé que salvou a Cristandade e o Beato Alanus reavivou. Torne-se um Missionário de Fátima e continue essa missão.

1571: a vitória em Lepanto

Em 1571, o perigo batia novamente às portas da Europa. O exército muçulmano ameaçava as fronteiras cristãs.

O Papa São Pio V — dominicano e grande devoto do Rosário — organizou uma Santa Liga para conter o avanço inimigo.

Ele abençoou a bandeira de guerra, que trazia o Crucifixo entre os Apóstolos Pedro e Paulo e o lema de Constantino: In hoc signo vinces (“Com este sinal vencerás”).

Também mandou colocar a imagem de Nossa Senhora com a inscrição Sancta Maria succurre miseris (“Santa Maria, socorrei os miseráveis”).

Enquanto as espadas tilintavam em Lepanto, milhares de vozes recitavam as Ave-Marias.

No dia 7 de outubro de 1571, a Santa Liga triunfou sobre os inimigos em Lepanto. O Papa e todo o povo reconheceram: “Foi Maria quem venceu!”.

No ano seguinte, São Pio V instituiu a festa de “Santa Maria da Vitória”, que seu sucessor, Gregório XIII, transformou em festa de Nossa Senhora do Rosário.

Milagres e vitórias do Rosário

A história cristã continuou a testemunhar prodígios ligados à recitação do Rosário.

Em 1683, em Viena, o Beato Marco de Aviano, confiando à Virgem Maria a defesa da cidade, obteve mais uma vitória contra o avanço muçulmano.

Poucos anos depois, em 1687, o povo de Veneza implorou à Virgem pela cessação da peste.

Quando a epidemia foi vencida, ergueram a imponente Basílica de Nossa Senhora da Saúde, cuja festa é celebrada até hoje em 21 de novembro.

Cada vitória, cada milagre, cada graça conquistada por meio dessa oração mostrava ao mundo que Nossa Senhora não abandona os seus filhos.

As batalhas mudaram, mas a arma é a mesma. Torne-se um Missionário de Fátima e ajude Nossa Senhora a conquistar corações com o Rosário.

Essas vitórias prepararam o coração dos fiéis para ouvir, séculos depois, o mesmo apelo da Mãe de Deus em Lourdes e Fátima.

De Lourdes a Fátima: o Rosário continua vivo

Séculos se passaram, mas Nossa Senhora nunca deixou de repetir seu pedido.

Em Lourdes ela apareceu a Santa Bernadette ensinando como rezar o Rosário e em Fátima, insistiu: “Rezem o Rosário todos os dias.”

Em 1917, na Cova da Iria, diante dos pastorinhos, Ela quis aparecer usando esse título, afirmando: “Sou a Senhora do Rosário.”

Sua voz ecoou com a mesma força de séculos antes, nas suas 6 aparições em Fátima, revelando o poder dessa oração para alcançar a paz e a conversão dos pecadores.

Por isso, o Papa Pio XI ensinou: “O Rosário ocupa o primeiro lugar entre as devoções em honra à Virgem e serve para progredir na fé, na esperança e na caridade.”

O Rosário é, portanto, um presente do Céu para contemplar a vida de Jesus pelas mãos de Maria.

Um convite à oração e ao combate

Neste 7 de outubro, Festa de Nossa Senhora do Rosário, a Igreja recorda as vitórias alcançadas por meio dessa oração.

No meio das crises morais, guerras e divisões do nosso tempo, a voz de Maria continua atual: “Rezem o Rosário.”

Não é uma lembrança do passado, mas uma urgência do presente.

Ouçamos seu apelo. Rezemos o Rosário com fé e peçamos a Nossa Senhora que nos proteja sob o seu manto sagrado.

Porque assim como em Muret, Lepanto e Viena, Nossa Senhora continua a lutar conosco, conta a conta, Ave-Maria por Ave-Maria.

Aliste-se no exército de Nossa Senhora. Torne-se um Missionário de Fátima e una-se a milhares de devotos que, sem precisar sair de casa, divulgam essa devoção poderosa.

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