O grande silêncio que deixou milhões de almas esquecidas.

Durante séculos, o Purgatório foi uma certeza tão viva na pregação católica quanto o Céu e o Inferno.
Pregadores falavam dele com força, catecismos ensinavam com clareza, e os fiéis viviam com devoção a prática de rezar pelas almas.
Era comum ouvir sermões de fogo no dia de Finados, em funerais ou em missas de sufrágio: “Rezai, pois as almas padecem e esperam vossas orações.”
Mas hoje… silêncio.
O que antes era central nas homilias desapareceu quase por completo.
A pergunta é inevitável: por que o Purgatório sumiu dos púlpitos?
O passado: uma pregação que formava e inflamava
No mundo católico tradicional, o Purgatório estava sempre presente:
- Nos catecismos: desde a infância, aprendia-se que a morte não é fim, mas passagem, e que muitos precisam ser purificados.
- Nas homilias: padres falavam da necessidade de rezar pelas almas, lembrando que “é uma obra de misericórdia espiritual rezar pelos mortos.”
- Na piedade popular: sufrágios, indulgências, missas de 7º dia, de mês, de ano, sempre centrados na realidade do Purgatório.
Essa presença constante formava gerações inteiras. Os fiéis compreendiam que a vida é séria, que o pecado tem consequências, mas também que a caridade pode salvar.
O Purgatório era esperança, mas também responsabilidade.
A mudança: quando o silêncio entrou na Igreja
A partir do século XX, e sobretudo após os anos 1960, algo mudou profundamente. O sociólogo Guillaume Cuchet mostra que a pregação e a pastoral sofreram uma virada:
- O mundo secularizado: o homem moderno perdeu o senso do além. Falar de morte, juízo, céu, inferno e Purgatório parecia “retrógrado”.
- A linguagem pastoral: muitos padres, temendo assustar ou “afastar” os fiéis, suavizaram o discurso. Começou-se a falar apenas do “Deus misericordioso”, quase sem mencionar sua justiça.
- A liturgia dos defuntos: as missas de corpo presente, que antes insistiam no sufrágio pelas almas, passaram a ser chamadas de “celebração da vida”, como se todos já estivessem no Céu automaticamente.
O resultado foi devastador: os fiéis pararam de ouvir sobre o Purgatório e, pouco a pouco, pararam também de rezar.
As consequências: almas esquecidas, fé enfraquecida
O desaparecimento do Purgatório das homilias não foi apenas uma mudança de linguagem. Foi uma tragédia espiritual.
- As almas sofreram o abandono: milhões que padecem no Purgatório deixaram de receber as orações e os sufrágios de que precisam.
- O povo perdeu a seriedade da fé: sem o Purgatório, a vida cristã virou otimismo ingênuo – ou vazio secular.
- A Igreja perdeu sua força pedagógica: onde antes havia clareza, agora há confusão: afinal, se todos vão direto ao Céu, para que sacramentos, penitência, indulgências, sufrágios?
O silêncio sobre o Purgatório enfraqueceu a fé, a prática religiosa e a caridade para com os mortos.
Recuperar a verdade esquecida
O Purgatório não desapareceu. Ele continua tão real como sempre foi. O que desapareceu foi a coragem de anunciá-lo. E se os púlpitos se calaram, cabe a nós, fiéis, levantar essa bandeira de caridade.
- Rezar diariamente pelos defuntos.
- Mandar celebrar missas de sufrágio.
- Oferecer sacrifícios e indulgências pelas almas.
Cada ato de amor encurta a pena de uma alma sofredora.
Talvez de sua mãe, de seu pai, de um amigo, de alguém que você amou e que hoje espera sua ajuda.
Conclusão: o chamado que não podemos ignorar
O silêncio das homilias não pode se tornar o silêncio do nosso coração.
Se a Igreja terrena esqueceu de falar das almas do Purgatório, nós precisamos lembrar.
- Retomar a oração, retomar os sufrágios, retomar a caridade pelas almas.
- Não deixar que o modernismo roube dos fiéis essa verdade que salva e consola.
Porque o Purgatório existe. E milhões de almas esperam por nossas orações.
- Se você também quer reavivar a devoção ao Purgatório, inscreva-se na Liga de Resgate das Almas do Purgatório, compartilhe este artigo e ajude-nos a dar voz às almas esquecidas.”
- Se nem os padres falam mais do Purgatório, quem lembrará das almas?
A Liga de Resgate das Almas existe justamente para isso: unir católicos que rezam, oferecem sacrifícios e ajudam a libertar as almas esquecidas do Purgatório.
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