Um santo marcado pelas chagas de Cristo encontrou no Príncipe da Milícia Celeste um aliado contra as forças do mal.
A Confiança de Padre Pio no Príncipe da Milícia Celeste
Poucos santos cultivaram tamanha devoção a São Miguel Arcanjo como São Pio de Pietrelcina.
Todos os anos, Padre Pio fazia a quaresma em honra ao Arcanjo, preparando-se com fervor para a festa litúrgica.
Aos fiéis que o procuravam, repetia incansavelmente: nas tentações e combates espirituais, São Miguel é defensor insubstituível.
Sua confiança era fruto de experiência pessoal. Desde Pietrelcina até os conventos por onde passou, Padre Pio testemunhava a proteção de São Miguel em suas lutas espirituais contra o demônio.
Esse vínculo de fé culminaria numa peregrinação histórica ao Santuário de São Miguel Arcanjo, erguido na montanha ao pé da qual Padre Pio vivia como frade capuchinho.
Peregrinação ao Monte Sant’Angelo
Em 13 de julho de 1917, Padre Pio partiu rumo à Gruta do Gargano, em Monte Sant’Angelo, o mais antigo santuário da Europa Ocidental dedicado ao Arcanjo.
Ali, no século V, São Miguel apareceu quatro vezes, transformando o local em ponto de peregrinação e devoção.
Muitas vezes Padre Pio havia expressado o desejo de seguir os passos de São Francisco de Assis, que séculos antes também se colocara em oração diante daquele santuário.
Com a permissão de seu superior, Padre Paolino de Casacalenda, a viagem foi organizada não só para honrar o Patrono da província capuchinha de Foggia, mas também para alegrar os seminaristas que haviam concluído os exames.
A comitiva partiu às três da manhã de San Giovanni Rotondo, composta pelo Padre Pio e também por Nicolas Perrotti, Vicente Gisolfi, Rachelina Russo e quatorze seminaristas.
O santo caminhou a pé por bom trecho, subindo o Monte Gargano, mas devido às suas enfermidades, precisou terminar o percurso em uma carreta.
Quando o sol nasceu, iniciou o Santo Rosário, entrecortado por cânticos em honra à Virgem Maria e a São Miguel Arcanjo, como quem desejava preparar o coração antes de entrar na gruta sagrada.
Na Gruta de São Miguel Arcanjo
Ao entrar no santuário, Padre Pio foi tomado pela emoção.
Lembrou-se de que São Francisco estivera ali antes dele, se considerou indigno de adentrar a gruta e passou a noite em oração na entrada.
Seguindo o exemplo do Seráfico Pai Francisco, Padre Pio ajoelhou-se, chorou e beijou com humildade o umbral da gruta.
Conduzido pelo sacristão, viu o Tau – sinal em forma de cruz simples, adotado por São Francisco como emblema de penitência e salvação – gravado por São Francisco naquele local.
Em seguida, prostrou-se diante do altar de São Miguel, onde logo recolheu-se em oração profunda.
Padre Pio rezou longamente: por si, pela sua Província capuchinha, pela Igreja, pela paz mundial, pelos confrades e até pelos soldados que ainda enfrentavam os horrores da Primeira Guerra Mundial.
Esse recolhimento intenso criava um clima de silêncio e reverência que preparava o cenário para o que viria a seguir.
O Milagre aos pés do Arcanjo Guerreiro
Enquanto Padre Pio encomendava tudo e todos a São Miguel, os outros peregrinos presenciavam um milagre.
Grossas gotas de água caíam continuamente da rocha acima do altar, como resultado da grande umidade.
Para grande surpresa dos seminaristas, que imediatamente presenciaram o singular acontecimento, Padre Pio permaneceu sem se molhar.
Intrigado, um dos jovens colocou-se ao lado do Padre Pio, mas ficou prontamente encharcado.
Padre Pio, entretanto, permaneceu longo tempo concentrado em oração e totalmente alheio ao que os outros contemplavam.
Esse episódio extraordinário marcou para sempre a memória daqueles jovens que o acompanhavam.
Ainda hoje, a fé nos mostra que Deus continua agindo por meio de sinais.
Se você também deseja presenciar milagres na sua vida, una-se ao grupo Filhos Protegidos do Padre Pio.
Um Convite à Confiança em São Miguel
De volta a San Giovanni Rotondo, Padre Pio passou a recomendar aos fiéis que prolongassem sua peregrinação até o Monte Sant’Angelo.
Muitas vezes, essa visita era imposta por ele como penitência sacramental após a confissão.
Se soubesse que alguém iria ao santuário, Padre Pio pedia humildemente uma oração diante do altar de São Miguel em seu favor.
Assim, seu exemplo se transformou em convite permanente: recorrer à proteção do Arcanjo nas batalhas da vida, certos de que ele combate em favor daqueles que confiam.
Hoje, mais de um século depois, sua voz ainda ressoa: quem deseja vencer as tentações e resistir ao mal precisa caminhar ao lado de São Miguel Arcanjo.
Seguindo esse exemplo, você também pode se colocar sob a proteção espiritual do Padre Pio. Inscreva-se no grupo Filhos Protegidos e experimente a força da sua intercessão.
