Filme a ser lançado no Dia de Todos os Santos retrata Santa Marina como “trans”. A Igreja reafirma a verdade sobre a santa.

No próximo Dia de Todos os Santos, 1º de novembro, estreia no YouTube um curta-metragem que resume a decadência cultural de nosso tempo: São Marino, dirigido por Leide Jacob, que se identifica como “homem”, e narrado pelo padre Júlio Lancelotti.
Padre Júlio Lancelotti é pároco da igreja de São Miguel Arcanjo, no bairro da Mooca, em São Paulo.
Presença constante na mídia, com frequência adota posições alinhadas a movimentos de viés ideológico e a causas contrárias ao ensinamento moral da Igreja.
Padre Lancelotti tornou-se uma figura pública muito mais conhecida pela militância e pela contestação do magistério do que pelo exercício do ministério sacerdotal.
O filme em questão apresenta Santa Marina como um “transmasculine” e exige que seja reconhecida como “São Marino”.
Eis o ponto: não é arte, é militância travestida de devoção.
A falsificação de uma santa
Quem foi Santa Marina? Uma jovem órfã de mãe que, desejando permanecer ao lado do pai que ingressara num mosteiro, disfarçou-se de monge.
Ali, viveu uma vida de oração, penitência e caridade. Falsamente acusada de ter engravidado uma mulher, suportou humilhações sem se defender, unindo-se aos sofrimentos de Cristo.
Somente após sua morte descobriram que era mulher e inocente. É modelo de humildade, obediência e pureza.
Transformar essa história em “narrativa trans” é um insulto. A santa não renegou o sexo que Deus lhe deu; não reivindicou “ser homem”.
Assumiu um disfarce por circunstância familiar e monástica, mas jamais renunciou à sua feminilidade ou à virgindade oferecida a Deus.
A leitura ideológica deturpa os fatos, profana a memória da santa e engana fiéis incautos.
A resposta da Igreja
Em 2022, quando surgiu o primeiro trailer do documentário “São Marino”, a Arquidiocese de São Paulo publicou uma nota afirmando: “Tal narrativa não condiz com a realidade sobre a vida de Santa Marina, venerada pelos católicos”.
A nota explicou que se tratava de uma virgem que viveu santamente, e que os textos citados no documentário em nada justificam interpretações diferentes daquelas reconhecidas pela Igreja Católica.
Agora, em 2025, na iminência de ser lançado oficialmente o curta-metragem, a Arquidiocese reiterou essa mesma posição, republicando o texto de 2022, sem alterações.
Em outras palavras: a Igreja não reconhece, nem reconhecerá, a falsificação proposta pela ideologia de gênero.
Ideologia contra a Revelação
São Marino não é só um filme. É parte de uma ofensiva maior.
A ideologia de gênero pretende abolir a distinção entre homem e mulher, substituindo a ordem criada por Deus por um caos fabricado.
A Escritura é clara: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; criou-os macho e fêmea” (Gn 1,27).
O Catecismo da Igreja Católica reafirma: “‘Ser homem’ e ‘ser mulher’ é uma realidade boa e querida por Deus” (n. 369).
Portanto, dizer que Santa Marina era “trans” é negar a verdade histórica. É subverter a verdade antropológica e insultar a Igreja. É transformar a santidade em palco para propaganda ideológica.
Acender uma Vela de Reparação é um ato de amor à verdade, uma súplica silenciosa a Deus para que cesse a profanação e cresça a fidelidade entre os seus consagrados.
Clique aqui para acender a sua vela e repare, com fé e coragem, essa afronta à santidade.
O papel de um sacerdote
O mais grave é a participação de um sacerdote católico.
O padre Júlio Lancelotti empresta sua voz para narrar uma farsa que contradiz frontalmente o magistério que ele prometeu servir.
Que escândalo maior pode haver do que um ministro do altar legitimar a deturpação de uma virgem mártir?
O filme será lançado no Dia de Todos os Santos.
Não é coincidência.
O que deveria ser ocasião de venerar todos aqueles que permaneceram fiéis a Jesus Cristo é usado para promover a revolta contra a ordem criada.
Os santos sempre foram modelos de obediência a Deus. Agora, militantes querem transformá-los em bandeiras ideológicas.
É a tentativa de sequestrar a glória do Céu para legitimar a revolução da terra.
O dever de resistir
Diante disso, a atitude não pode ser de silêncio cúmplice.
É preciso protestar, reparar, denunciar.
O fiel católico não pode permitir que a memória dos santos seja usada para corroer a fé.
Não basta lamentar; é necessário afirmar alto e claro: Santa Marina não era “São Marino”. Era e é virgem, mártir e modelo de pureza.
São Marino não é cinema, é blasfêmia. Santa Marina, humilde e obediente, jamais aceitaria ser transformada em bandeira do assim chamado orgulho.
Que os fiéis façam atos de reparação, que os pastores falem com clareza, que os católicos repitam: nossos santos não são instrumentos da revolução de gênero.
E que Santa Marina interceda por nós, para que não falte coragem nesta hora de confusão, para que defendamos a verdade com caridade, mas também com firmeza.
Pois quem cala diante da mentira consente com ela.
Hoje, você pode fazer mais do que se indignar.





