Nossa Senhora Auxiliadora: o Poder de Seu Auxílio nos Tempos Difíceis

Hoje, a Igreja celebra Nossa Senhora Auxiliadora — título que atravessa os séculos como um eco do clamor dos cristãos por socorro em tempos de tribulação.

Um título nascido da confiança

No dia 24 de maio, a Igreja recorda a Virgem Maria sob o título de Auxiliadora dos Cristãos. Diferente de outros nomes marianos vinculados a aparições específicas, esse título nasce da forma como o povo de Deus sempre a invocou em tempos difíceis.

A expressão Auxilium Christianorum, que significa “Auxílio dos Cristãos”, aparece pela primeira vez nas Ladainhas Lauretanas em 1576 e aprovadas oficialmente em 1601 pelo Papa Clemente VIII. Mas sua força já vinha se consolidando bem antes disso.

Segundo a tradição, foi o Papa São Pio V quem acrescentou essa invocação às ladainhas após a vitória de Lepanto, em 7 de outubro de 1571.

Diante da ameaça dos otomanos, o pontífice consagrou a batalha à Virgem Maria — e foi a Ela que os sobreviventes atribuíram a surpreendente vitória cristã.

Muitos passavam pelo Santuário de Loreto — o lugar em que está a casa onde viveu a Santíssima Virgem, Nosso Senhor e São José — para agradecer, rezando à “Madonna do Rosário”.

Uma pintura encomendada pelo Senado de Veneza para celebrar esse triunfo trazia uma frase que ressoa até hoje como lição de fé:

“Nem poder, nem arma, nem comandantes nos conduziram à vitória, mas a Madonna do Rosário.”

A festa de 24 de maio e o retorno do Papa

Embora a invocação “Auxiliadora dos Cristãos” já fosse rezada desde o século XVI, a festa litúrgica dedicada a esse título só foi instituída em 1816, pelo Papa Pio VII.

E sua origem está ligada a um episódio dramático — mais uma prova da poderosa intercessão da Mãe de Deus.

Napoleão Bonaparte, decidido a submeter a Igreja, perseguiu o Santo Padre. Pio VII reagiu com firmeza e o excomungou.

Em retaliação, o imperador sequestrou o Papa e o manteve cativo por cinco anos, sob humilhações e pressões constantes.

Durante o cativeiro, Pio VII fez uma promessa: se fosse liberto, coroaria a imagem de Nossa Senhora em Savona.

A libertação veio. Derrotado e pressionado, Napoleão libertou o Papa. Em 24 de maio de 1814, Pio VII entrou solenemente em Roma e reassumiu seu governo.

Como gesto de gratidão, o Papa instituiu a festa de Nossa Senhora Auxiliadora exatamente nessa data: 24 de maio.

Dom Bosco e a propagação dessa Devoção

Foi no século XIX, porém, que essa devoção ganhou novo impulso. São João Bosco, educador incansável da juventude, consagrou suas obras à intercessão de Maria Auxiliadora.

Quando enfrentava dificuldades, ele dizia com simplicidade e fé: “E então, vamos começar a fazer alguma coisa?”

Desde pequeno, Dom Bosco aprendeu com sua mãe Margarida a confiar inteiramente em Nossa Senhora. Ao falar da Mãe de Deus, sempre a invocava como Auxiliadora dos Cristãos.

Para perpetuar sua gratidão a Nossa Senhora — e para que todos soubessem, para sempre, que “foi Ela quem tudo fez” — ele mandou erguer a Basílica de Maria Auxiliadora em Turim, concluída em apenas três anos — um feito considerado milagroso.

A oração composta por Dom Bosco nos recorda a força deste título:

“Ó Virgem poderosa, Tu, grande e ilustre defensora da Igreja.
Tu, auxílio maravilhoso dos cristãos.
Tu, terrível como um exército em ordem de batalha.
Tu, que só destruíste todas as heresias em todo o mundo.
Ó Senhora, nas nossas angústias, nas nossas lutas, nas nossas aflições e tentações, defende-nos do inimigo;
e na hora da nossa morte, acolhe a nossa alma no paraíso. Amém.”

Nossa Senhora, auxílio também nos dias de hoje

Diante das dores do nosso tempo — crises familiares, dificuldades espirituais, doenças, abandono da fé —, o clamor ao auxílio de Nossa Senhora continua urgente.

Em cada necessidade, grande ou pequena, Maria é presença que consola e que nos aponta a solução. São Bernardo de Claraval nos recorda no Memorare (Lembrai-vos):

“Não se conhece quem tenha feito um pedido a Nossa Senhora e não tenha sido atendido.”

Por isso, se você também reconhece que só com o auxílio do Céu podemos resistir ao mal que avança, ligue agora 0800 878 2256 (Brasil) ou 707 502 677 (Portugal) e torne-se membro do grupo Missionários de Fátima.

Unidos, como Dom Bosco, os Três Pastorinhos e tantos santos, vamos confiar nas mãos da Virgem e propagar sua Mensagem de Amor e reparação deixada em Fátima.

O tempo é difícil, mas a graça de Deus age por meio dos que dizem “sim” ao chamado do Céu.

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