O domingo da Divina Misericórdia e a urgente necessidade de uma mudança de vida, à luz de Fátima

A misericórdia não é desculpa para o pecado
No domingo seguinte ao da Páscoa, a Igreja celebra a Festa da Divina Misericórdia, uma solenidade instituída em resposta ao pedido de Santa Faustina Kowalska, por mandato do próprio Nosso Senhor.
Essa solenidade é, para muitos, um bálsamo espiritual. Mas para outros tantos, infelizmente, tornou-se quase um álibi emocional: uma data na qual se celebra uma misericórdia desfigurada, sentimental, esvaziada de exigência.
Contudo, a verdadeira Divina Misericórdia é um chamado de fogo à conversão, à reparação, à penitência. Algo que tem uma ligação íntima com a Mensagem de Nossa Senhora em Fátima.
Em ambos os casos, Deus, por meio de Suas manifestações sobrenaturais, estende a mão ao pecador. Mas o faz com a majestade de um Rei que é também Juiz. Ele perdoa, mas exige mudança.
A misericórdia autêntica jamais abandona a justiça
Nosso Senhor disse a Santa Faustina: “A alma que confia na Minha misericórdia é a mais feliz, porque Eu mesmo cuido dela.”
Mas também advertiu: “A humanidade não encontrará paz enquanto não se voltar com confiança à Minha misericórdia.”
Ora, voltar-se à misericórdia não é pedir perdão sem desejo de emenda.
É reconhecer-se miserável, e por isso mesmo, pronto a lutar contra o próprio pecado, a evitar as ocasiões de queda, a buscar a graça que fortalece.
Essa perspectiva, que se perdeu em muitos discursos modernos, está perfeitamente alinhada à mensagem de Fátima.
Ali, em 1917, a Santíssima Virgem não veio propor uma religião da “tolerância universal” ou da “autoaceitação incondicional”, mas advertiu severamente: “Os pecados do mundo são muitos. Se os homens não se converterem, virá um castigo terrível.”
A misericórdia que Nossa Senhora implora ao Céu passa, necessariamente, pela conversão de quem a pede.
Fátima e a Divina Misericórdia: dois lados da mesma moeda
Tanto a mensagem da Virgem Santíssima em Fátima quanto as promessas da Divina Misericórdia constituem luminosos apelos celestes para tempos de provação. Épocas em que a humanidade, afastando-se de Deus, se aproxima perigosamente da própria perdição.
Em Fátima, Nossa Senhora falou da necessidade do Rosário, da consagração ao Imaculado Coração de Maria e da penitência.
Santa Faustina, por sua vez, recebeu a missão de propagar a confiança na Misericórdia Divina, através da imagem de Jesus Misericordioso, da recitação do Terço da Misericórdia e da vivência da confiança.
Mas em ambas as revelações — tanto em Portugal como na Polônia — está o mesmo chamado: mudar de vida.
Voltar-se para Deus. Pedir perdão não com os lábios apenas, mas com a decisão de não ofendê-Lo mais.

O grande engano moderno: usar a misericórdia para justificar a tibieza
Hoje, mais do que nunca, muitos usam o nome da misericórdia como escudo para justificar omissões, pecados habituais, cumplicidade com o erro.
Quantos já não ouviram a expressão “Deus é misericordioso” para desculpar tudo, da falta à missa à aprovação do aborto, do adultério à indiferença religiosa?
Nada mais contrário ao verdadeiro espírito da Festa da Divina Misericórdia.
O próprio Jesus Cristo disse a Santa Faustina que aqueles que abusam da Sua paciência, e não se arrependem, serão julgados com rigor.
Disse também que o tempo da misericórdia precede o da justiça. O que significa que haverá, sim, um tempo em que o Juiz virá e cobrará.
Quem honra a Divina Misericórdia não é aquele que se acomoda na própria fraqueza, mas quem, reconhecendo-se fraco, levanta-se e combate o mal dentro de si, com a ajuda da graça.
Para aprofundar esse caminho de verdadeira conversão, baixe gratuitamente o e-book “A Divina Misericórdia: Promessa de Vida e Salvação”, que esclarece e apresenta a devoção a Divina Misericordia à luz das revelações de Jesus Misericordioso a Santa Faustina Kowalska.
Como viver essa festa com autenticidade
Para muitos, a Festa da Divina Misericórdia resume-se à recitação do Terço e à promessa de indulgência plenária.
É verdade que Nosso Senhor prometeu graças imensas para quem, neste domingo, comunga em estado de graça e reza confiando n’Ele.
Mas seria um erro limitar essa data a uma cerimônia externa. A verdadeira celebração exige algo muito mais profundo: um propósito firme de mudar de vida.
É preciso examinar a própria consciência, fazer uma boa confissão, fugir das ocasiões de pecado, abandonar os vícios.
E sobretudo, comprometer-se com atos concretos de caridade, de apostolado e de reparação.
A Misericórdia de Deus quer almas corajosas, dispostas a lutar por Ele. E esse combate não é opcional.
A Santíssima Virgem nos alertou, em Fátima, que sem penitência, sem oração e sem combate espiritual, o mundo mergulha no caos.
Uma proposta concreta: reparar e consagrar-se
Neste domingo da Misericórdia, cada leitor é convidado a fazer mais do que apenas rezar.
Faça um propósito firme de reparação. Escolha um pecado grave que hoje impera na sociedade e combata-o espiritualmente: seja a impureza, a blasfêmia, a indiferença religiosa ou o orgulho.
Ofereça um sacrifício por amor a Jesus Misericordioso. Reze o Terço da Misericórdia diante do Santíssimo Sacramento.
E se ainda não o fez, consagre-se ao Imaculado Coração de Maria, pois foi por esse meio que Deus quis dar a salvação em nossos dias, conforme a mensagem de Fátima.
Uma maneira de viver essa consagração é unindo-se aos Missionários de Fátima — um exército de almas que vive o chamado à conversão e reparação feito por Nossa Senhora.
É uma forma concreta de responder ao apelo de Fátima e ajudar a espalhar a luz da fé num mundo tão ferido.
Ligue 0800 878 2256 (Brasil) ou 707 502 677 (Portugal) e inscreva-se nesta família.
Essa consagração é um modo concreto de viver a misericórdia: entregar-se a Maria para que Ela nos molde à imagem de Seu Filho, e nos ajude a vencer o mal, começando dentro de nós.





