O surpreendente crescimento de catecúmenos na França revela uma sede espiritual profunda entre adolescentes e jovens adultos. Estaríamos vivendo o último apelo da graça antes da justiça?

O fenômeno silencioso e inesperado
Uma pesquisa publicada por Aleteia e Famille Chrétienne lançou luz sobre um fenômeno que poucos esperavam encontrar na França, país símbolo do laicismo moderno e da apostasia silenciosa: a juventude está procurando o batismo.
E não se trata de um número pequeno ou insignificante. Dos catecúmenos entrevistados, 73% têm menos de 35 anos. Quase metade tem menos de 25. Muitos são adolescentes.
Não vêm de famílias católicas. E, apesar disso, descobriram por si mesmos a fé, aproximaram-se da missa, começaram a ler a Bíblia, e agora pedem para serem aceitos na Igreja.
Que paradoxo. Enquanto tantos que nasceram no seio da fé a abandonam por banalidades ou por uma rebeldia estéril, uma geração sem raízes cristãs começa a brotar das pedras da indiferença moderna.
Se isso não é um sinal dos tempos, o que seria?
De onde vem essa sede por Deus?
Segundo os dados da pesquisa, 65% desses jovens não foram criados em famílias religiosas. Em muitos casos, seus pais e irmãos são completamente alheios à fé.
E, mesmo assim, algo os moveu. Talvez uma experiência espiritual isolada. Talvez a missa. Talvez a leitura da Sagrada Escritura. Talvez o exemplo de um amigo católico. Os meios variam. O que importa é o fim: encontrar Deus.
É curioso, porém, notar o papel que os meios digitais desempenham nessa descoberta.
Para 78% dos entrevistados, redes sociais, vídeos e conteúdo online tiveram alguma influência. Não é sem risco. Mas também não é sem valor. Como instrumentos, podem ser usados tanto para a salvação quanto para a perdição.
Sementes lançadas sem raízes profundas?
A alegria por esse renascimento, no entanto, não deve cegar-nos para um perigo evidente.
Se tantos chegam à fé sem o apoio de uma família católica, quem garantirá que sua perseverança será duradoura?
A pesquisa aponta que 24% dos catecúmenos disseram ter trilhado o caminho completamente sozinhos. E mesmo entre os acompanhados, muitos foram auxiliados por amigos ou catequistas, não pela família.
Depois do batismo, o desafio será ainda maior. Muitos esperam grupos, apoio espiritual, explicações mais profundas da liturgia. Se não encontrarem isso, cairão facilmente no desânimo ou em falsas doutrinas disfarçadas de modernidade pastoral.
É aqui que a mensagem de Nossa Senhora em Fátima se torna atualíssima.
Ela não falou apenas de orações. Falou de sacrifício, conversão, perseverança. Falou da necessidade de reparar os pecados do mundo.
E advertiu: se os homens não se emendarem, Deus punirá com rigor.
Os erros do mundo moderno destruíram a fé em incontáveis lares. Esses jovens são vítimas desse colapso espiritual. Mas são também chamados a combatê-lo.
Não é renascimento, é aviso
É tentador ver esse fenômeno como um sopro de esperança. E de fato o é. Mas que não se confunda esperança com acomodação.
Quando o Céu envia sinais, não o faz para massagear a vaidade dos fiéis ou sugerir que está tudo bem. Ao contrário: são alertas.
Em Fátima, Nossa Senhora apareceu não em catedrais ou palácios, mas a três crianças simples, no campo, entre as pedras.
Apresentou-lhes uma mensagem dura, mas verdadeira. Falou do inferno, dos castigos temporais, da urgência da penitência. E ofereceu Seu Coração Imaculado como último refúgio.
Ora, o que vemos agora na França?
Um país onde igrejas se fecham, onde sacerdotes são agredidos, onde o aborto é celebrado como direito constitucional…
E, no entanto, ali mesmo, jovens vão sozinhos à missa, leem a Bíblia por vontade própria, pedem o batismo com fervor.
Seria isso um consolo? Ou seria um aviso de que o Céu está recolhendo os últimos frutos antes da tempestade?
O que cada leitor pode fazer
Diante de tudo isso, o leitor pode se perguntar: o que posso fazer?
Muito. Pode rezar. Pode reparar. Pode consolar o Imaculado Coração de Maria. Pode ajudar esses neófitos com o exemplo de uma vida verdadeiramente católica.
E mais: pode clicar aqui e pedir agora mesmo uma estampa de Nossa Senhora de Fátima para manter em sua casa como lembrete de que o tempo é curto, a missão é séria, e a salvação das almas está em jogo.
Que essa estampa seja não um adorno, mas um compromisso: de rezar o Rosário todos os dias, como Nossa Senhora pediu, especialmente pelos jovens que estão se aproximando da fé.
Conclusão: antes que se feche a porta
Muitos se aproximam agora da Igreja. Isso é bom. Mas seria terrível que, por falta de estrutura, doutrina e fervor, fossem depois afastados.
Não há tempo a perder. Se Deus está tocando essas almas, nós devemos cuidar para que não se percam.
Fátima nos ensina que o mundo precisa de penitência e conversão. Se não a fizer, será punido.
Os jovens catecúmenos são talvez o último sinal de que ainda há esperança. Mas só florescerão se forem nutridos. De outra forma, serão como sementes ao vento. E o vento, neste mundo, sopra mais para o abismo do que para o Céu.





