Padre Pio e a Páscoa: Carta Revela Fé, Dor e Esperança

Uma comovente mensagem pascal escrita em 1912 revela a profundidade espiritual do jovem capuchinho que viria a se tornar um dos maiores santos do nosso tempo

Um jovem doente, mas cheio de esperança

Na primavera de 1912, São Pio de Pietrelcina, um jovem frade capuchinho, escrevia uma carta singela, mas repleta de fervor espiritual. Era 31 de março, domingo. 

Faltava apenas uma semana para a celebração da Páscoa — naquele ano, marcada para 7 de abril — e, de sua casa em Pietrelcina, onde estava por conta de uma misteriosa enfermidade, Padre Pio dirigia-se a seu diretor espiritual, Padre Benedetto de San Marco in Lamis.

A doença, que o obrigava a permanecer longe da vida comunitária do convento, não conseguia, no entanto, abalar sua alma ardente. 

A carta, hoje preservada, é um verdadeiro testemunho da união profunda entre sofrimento e fé.

Uma Páscoa desejada com alma e oração

“Sinto agora, com a aproximação da santa Páscoa, o sagrado dever de não a deixar passar sem desejar que seja cheia de todas as graças que possam torná-la feliz nesta terra e bem-aventurada no Céu”, escreveu Padre Pio com ternura.

Esses votos pascais, vão além da formalidade: mostram um coração verdadeiramente voltado ao bem, a felicidade e a salvação do outro. 

E mais — Padre promete rezar, como sempre fazia, por seu diretor: 

“Não deixarei, mesmo indigno como sou, de rezar a Jesus Ressuscitado por sua bela alma. Na verdade, não me esqueço de fazê-lo todos os dias”.

Esse é o Padre Pio que o mundo conheceu: profundamente humano, generoso nas orações, e sempre pronto a carregar as cruzes dos outros em seus próprios ombros. 

Hoje, seus filhos espirituais — inclusive você, leitor — são convidados a fazer o mesmo: rezar pelo próximo com amor e confiança em Cristo ressuscitado.

Faça isso com as orações que o Padre Pio rezava. Clique e peça o seu Devocionário do Padre Pio.

A cruz que antecede a ressurreição

Mas nem tudo na carta é consolação. Padre Pio, ainda jovem frade, fala também do sofrimento físico que o acompanhava: 

“Nestes dias santos estou ainda mais aflito por esse tormento. Peço-lhe, então, que me recomende vivamente ao Senhor, para que eu não me torne vítima desse inimigo comum”.

Ele não especifica qual era a sua angústia, mas sabemos que, por longos anos, Padre Pio enfrentou sofrimentos inexplicáveis. Muitas vezes, o demônio o atacava com fúria. Apesar disso, sua entrega era total: 

“Deus, no entanto, está comigo e as consolações que Ele me dá são tão doces que não consigo descrevê-las”, conclui.

Mesmo na dor, Padre Pio descobria a doçura da presença divina — uma lição que também nós podemos levar para nossas vidas, especialmente diante dos sofrimentos que parecem não ter explicação.

Padre Pio e a força da oração pascal

A carta é, no fundo, um espelho da espiritualidade pascal que norteou toda a vida de São Pio de Pietrelcina. 

Sua união com Nosso Senhor crucificado e ressuscitado nunca foi apenas teórica: era vivida no corpo, na alma, na oração e no silêncio.

Neste tempo pascal, somos chamados a fazer o mesmo. E que melhor forma de começar do que com um gesto concreto?

Faça hoje algo pelas pessoas que necessitam de um consolo espiritual. Clique aqui e faça uma doação.
Permita que este apostolado continue a missão de difundir a devoção ao Padre Pio.

Finalizando com fé

Na simplicidade de uma carta, Padre Pio nos deixou um verdadeiro legado espiritual: a certeza de que Deus nunca abandona os seus — mesmo nos momentos mais sombrios. 

Ele próprio provou que o sofrimento pode se transformar em graça, quando vivido com amor e confiança na vontade divina.

Assim como aquele Padre Pio, isolado em Pietrelcina, transformou sua enfermidade em intercessão, você também pode fazer da sua dor um altar, da sua oração uma ponte, e da sua vida um testemunho pascal.

Que a sua Páscoa seja, como ele desejou, cheia das graças que te tornem feliz aqui na terra — e bem-aventurado no Céu.