Conheça os 9 Motivos que Prendem as Almas no Purgatório

Revelações de uma alma no Purgatório ensinam como pequenos deslizes podem custar muito tempo neste lugar de purificação.

O mês de novembro está iluminado de modo particular pelo mistério da Comunhão dos Santos, que se refere à união e ajuda mútua que os cristãos podemos prestar reciprocamente.

Não estamos sozinhos. Fazemos parte de um grande corpo, onde a ajuda mútua é não apenas possível, mas profundamente desejada por Deus.

Enquanto caminhamos neste mundo podemos estender a mão às almas que se purificam no Purgatório.

Você pode fazer isso hoje mesmo, inscrevendo seus entes queridos na Liga de Resgate das Almas do Purgatório e oferecendo por eles Missas e orações. 

Esses nossos irmãos e irmãs morreram na amizade de Deus, na sua graça, mas ainda carregam vestígios do pecado. Manchas que precisam ser removidas antes do encontro face a face com Deus.

Mas o que realmente motiva uma alma a precisar dessa purificação? A resposta nos chega através de uma visão celestial que deve servir de alerta para todos nós.

O Lamento no Tribunal Divino

Santa Brígida da Suécia viu, um dia, ante o Soberano Juiz, uma alma do Purgatório que estava trêmula e confusa.

A essa alma era intimada que declarasse publicamente os pecados que não tinham sido seguidos de penitência suficiente.

Com uma voz que cortava o coração, a alma exclamava: “Infeliz de mim, infeliz!” e em soluços, começou a enumerar tudo o que a manchava e a impedia de contemplar Nosso Senhor.

Deus permitiu que Santa Brigida visse isso para alertar a todos.

Afinal, as almas que ali padecem não foram pessoas más, mas sim aquelas que, embora boas, não se esforçaram o suficiente para alcançar a santidade.

Esta visão nos leva a uma pergunta crucial: que faltas são essas que consideramos leves, mas que têm consequências tão graves?

Os Vermes Roedores da Alma: Os 9 Motivos

Da confissão angustiada da alma à Santa Brígida, extraímos os nove “vermes roedores” que mais torturam os que partiram.

São falhas que, muitas vezes, consideramos leves, mas que, sem o arrependimento adequado, criam pesadas correntes.

Cada confissão desta alma deve soar como um sino de alerta para nossa consciência. Será que também não fazemos o mesmo?

1. Conversações Fúteis: “Perdi meu tempo, esse tempo bem precioso do qual todos os momentos podiam servir para expiar meus pecados, praticar uma virtude, merecer o Céu: eu o perdi em conversações fúteis – é por isso que sofro!”

Uma conversação vale a pena quando é edificante, ou seja, serve para nos instruir, para nos fortalecer na fé ou para uma sadia diversão.

Quando decai em futilidades, fofoca, é perigosa e pecaminosa.

Devemos recordar que precisaremos dar conta de todas as palavras que dissermos: “Toda a palavra fútil que as pessoas disserem, dela deverão prestar conta no Dia do Juízo” (Mt 12,36).

2. Ocupações Banais: “Perdi meu tempo em ocupações banais e sem objeto, em leituras recreativas demasiado prolongadas – é por isso que sofro!”

As distrações mundanas, quando excessivas, nos afastam do essencial.

Nós fomos criados para em todas as nossas atitudes louvar, reverenciar e servir a Deus e assim salvar nossas almas.

Por isso o apóstolo São Paulo recomendava: “Quer comais, quer bebais, fazei tudo para a glória de Deus” (I Cor 10,31).

3. Penitências Mal Feitas: “Esqueci por negligência minhas penitências sacramentais: as fiz mal por dissipação, e aceitei-as sem espírito de fé: – é por isso que sofro!”

A penitência que o sacerdote nos impõe após a confissão não é opcional. Ela é um meio de reparar as consequências dos pecados que cometemos. A negligência no cumprimento da penitência sacramental, impede nossa purificação completa.

4. Murmuração: “Caí em murmurações contra meus superiores, meu confessor, meus parentes; murmurações leves, sem dúvida, mas partidas do amor-próprio magoado, da falta de respeito, do ciúme; – é por isso que sofro!”

A murmuração, mesmo leve, fere a caridade e revela um coração descontente, que não aceita (ou resiste) a vontade de Deus.

5. Vaidade no Vestir: “Consenti em pensamentos de vaidade a respeito do trajar, sobre os acessórios da casa, acerca de predicados de família; vesti-me com orgulho, segui as modas com ostentação, afetei um asseio exagerado; – é por isso que sofro!”

A vaidade, manifestada no vestir e no cuidado excessivo com a aparência, revela um coração apegado às honras e aos prazeres humanos.

6. Volúpia no Comer e Beber: “Eu me proporcionei, sem nenhuma necessidade, pequenas sensualidades durante minhas refeições e fora delas, num viver voluptuoso e descuidado, num zelo excessivo do bem-estar, no abuso do descanso corporal, na fuga de tudo que naturalmente modificaria os sentidos; – é por isso que sofro!”

O apego aos prazeres sensíveis e ao conforto impede o crescimento na virtude da temperança e da fortaleza. São João Clímaco chega a dizer que a gula é porta para todos os pecados.

7. Busca de Elogios: “Em conversação, atirei ditos espirituosos com o fim de ser elogiado, apreciado, distinguido, e para brilhar mais que os outros; – é por isso que sofro!”

A busca de reconhecimento humano revela orgulho e vaidade disfarçados. Os santos sempre buscaram o contrário, ou seja, passar despercebidos pelos outros.

Padre Pio, por exemplo, sentia-se profundamente constrangido porque seus estigmas causavam excessiva curiosidade nas pessoas.

8. Ressentimentos: “Faltei à caridade que me chamava em socorro do próximo: faltei à caridade, deixando de o consolar, de o defender, de o aconselhar ao bem; conservando voluntariamente um pequeno pensamento de rancor, de inveja; – é por isso que sofro!”

O ressentimento é o grande responsável pelas rupturas, friezas de coração e distâncias dolorosas entre nós e aqueles que deveríamos amar. Os ressentimentos guardados, que ocasionam as faltas de caridade, são obstáculos graves à graça divina.

9. Negligências na Oração: “Omiti por negligência e incúria muitas comunhões que me eram permitidas: fui remisso em minhas devoções, pouco aplicado em meu terço e na oração; – é por isso que sofro!”

A negligência na vida de oração priva a alma das graças necessárias para a santificação, pois é pela oração que nos vem todas as graças e bênçãos do céu.

Não é por acaso que a Santa Missa é o meio mais poderoso que temos para ajudar as almas do Purgatório e a nós mesmos.

Participe da Liga de Resgate das Almas do Purgatório e inclua o nome dos seus entes queridos falecidos nas Missas semanais celebradas por estas almas esquecidas.

Clique aqui e inscreva-se.

Prestemos Atenção em Nós Mesmos

“Meu Deus! Como estas confissões me instruem!”, poderíamos exclamar junto com Santa Brígida.

Cada um desses nove motivos convida a um exame de consciência profundo. Que tal reservar alguns minutos hoje para refletir: em qual desses pontos eu mais preciso crescer?

A lição dada por essa alma purgante é clara: a santidade não se perde apenas nos grandes pecados, mas se constrói (ou se destrói) nos pequenos detalhes do cotidiano.

A vida do Santo Padre Pio nos ensina que a luta contra estas negligências é diária. Por isso, ele aconselhava:

“Nas tuas infidelidades de todos os dias, humilha-te, humilha-te, humilha-te sempre. Quando Jesus te vir humilhado e humilde, irá estender-te a mão, e Ele mesmo pensará em te atrair para junto de Si.”

Este exame, porém, não deve nos levar ao desânimo, mas à confiança; pois Deus não nos abandona e sempre oferece o tempo e a graça para a conversão.

A Esperança que Deve nos Mover

A boa notícia é que, enquanto temos vida, temos tempo. Não é melhor padecer por um pouco, neste mundo, que padecer no outro por longo tempo, que pode ser até o dia do Juízo?

É mais sensato sofrer pouco e por pouco tempo, e com mérito, do que sofrer muito e por muito tempo, e sem mérito nenhum.

A jornada é exigente, mas a recompensa é gloriosa e eterna.

Que estas lições do Purgatório não nos paralisem pelo medo, mas nos impulsionem, com esperança, em direção à santidade.

Afinal, a maior caridade que podemos fazer por nossas almas é viver em graça hoje para morrer em graça quando Deus nos chamar.

Hoje, você pode praticar essa caridade viva.  Junte-se à Liga de Resgate das Almas do Purgatório e faça parte dessa corrente de oração que liberta e consola.

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