Nas diversas aparições de Nosso Senhor à Santa Faustina, ela O ouvia muito atentamente e se compadecia cada vez mais de Seu sofrimento, pois este, conforme o tempo passa, aumenta, não diminui.
Essa falta de correspondência da parte dos tíbios ofende muito a Jesus Cristo e, como ensina a Igreja Católica, a ofensa cometida contra uma Pessoa Divina, acarreta uma dívida infinita, que pessoa alguma é capaz de saldar.
Mas Jesus ainda lhe diria coisas mais duras ao longo das aparições.
Ele inicialmente se referiu à tibieza no domínio dos fiéis comuns.
Depois, tratou também o caso dos tíbios que se encontram no clero e entre os de vida consagrada.
Certo dia, a Irmã Faustina estava rezando a Via Sacra e, ao chegar no final, Jesus aparece e começa a queixar-se dos padres e dos religiosos.
Dói em Nosso Senhor a falta de amor nas almas eleitas.
“Permitirei que sejam destruídos conventos e igrejas”, o Senhor disse.
Ao que Irmã Faustina respondeu: “Jesus, mas tantas almas vos dão glória nos conventos!”.
Ao que Ele replicou:
“Essa glória fere meu coração, porque o amor foi expulso dos conventos. Almas sem amor e dedicação, almas cheias de egoísmo e amor-próprio, almas orgulhosas e presunçosas, almas cheias de perversidade e falsidade, almas tíbias, que têm calor apenas para se manter vivas.
“Não posso suportar as almas tíbias porque não são boas e nem más.
“Não fazem penitência nem reparação, e elas têm tido culpas maiores do que as do mundo.
“Ah, coração que me recebestes de manhã, ao meio-dia respiras ódio contra mim, sob as mais diversas formas…
“Os grandes pecados ferem meu Coração como que superficialmente, mas os pecados da alma eleita transpassam o meu coração…”.