Há 23 anos, num dia como hoje, Padre Pio era canonizado.
Exatamente 23 anos atrás, no dia 16 de junho de 2002, o Santo Padre Pio foi canonizado!
A cerimônia, oficiada pelo Papa João Paulo II, reuniu uma multidão de fiéis numa Praça São Pedro que ficou pequena para acolher tanta devoção.
Foram mais de 300 mil pessoas que se aglomeraram para testemunhar como, em vista da salvação das almas, Deus — assim como outrora, há 2000 anos — nos enviou um presente maravilhoso!
São Pio de Pietrelcina é essa dádiva divina, concedida por Deus ao século XX, para que os homens continuem acreditando nEle.
De fato, é impossível aproximar-se de sua figura com simplicidade e sem preconceitos… e permanecer insensível.
Três são os motivos que nos levam a crer nisso e também ter a certeza que Padre Pio é o santo para o nosso tempo.
1. Padre Pio: inexplicável para todos, porém maravilhoso!
Padre Pio causa estupefação em todos: crentes e incrédulos.
Afinal, se não for por graça de Deus, como foi possível a este homem, que muitos, próximos a nós, conheceram pessoalmente, realizar coisas tão extraordinárias?
Ele visitou os quatro cantos do mundo sem sair do lugar, voou para salvar sua cidade de um bombardeio, realizou curas e milagres inauditos na história da Igreja, converteu incrédulos de todo o tipo sem pregar uma mísera homilia…
Realizou estas coisas e outras ainda mais surpreendentes quase que diariamente por mais de 50 anos!
É fácil compreender o desconforto de parte da razão moderna, filha do Iluminismo, diante da figura de um “pobre frade”, certamente não um intelectual, ao qual são atribuídos “poderes” sobrenaturais de cura instantânea, algumas, realizada à distância, ou mesmo bilocação e leitura das consciências.
Porque, em São Pio de Pietrelcina, manifesta-se, para confusão dos incrédulos e racionalistas, um poder que não é aquele da tão louvada ciência moderna.
Esta não pode explicar os fenômenos realizados pelo Santo Padre Pio, nem os negar, apenas aceitar sua relativa “impotência” declarando-se incapaz de explicar os milagres e prodígios que se davam aos borbotões.
É por isso que tantos o procuram até hoje.
Porque sabem que ele sua missão não terminou. Que continua intercedendo, curando, libertando, de formas que a ciência não entende, mas a fé reconhece.
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Receba suas graças, seja lembrado em mais de 130 Missas por ano e tenha seu nome junto ao corpo incorrupto do santo.
2. Padre Pio, sinal de contradição
Todavia, mais que os milagres e prodígios realizados, o que faz com que Padre Pio seja o santo para o nosso tempo é a provocação que ele faz aos homens, dentro e fora da Igreja.
Neste momento em que os valores do Evangelho são contestados por todos os lados, inclusive, e com pesar, por alguns que deveriam ser seus guardiões dentro da própria Igreja , Padre Pio ergue-se como sinal de contradição.
Com coragem profética, São Pio de Pietrelcina rejeita os compromissos com o espírito do tempo presente, mas pelo contrário, aferra-se com força à doutrina católica tradicional, sem fazer qualquer tipo de concessão.
Diante das modas modernas, ele prega a modéstia cristã.
Diante do divórcio e da “institucionalização do adultério e da fornicação” (uniões civis), defende a indissolubilidade do casamento. Condena o aborto com destemor.
E relembra os casados que se recusam a abrir-se à vida. Foram chamados a ter “tantos filhos quanto Deus lhes mandar”, a menos que razões verdadeiramente graves justifiquem o contrário.
Sem medo de parecer antiquado ou antipático, o Santo Padre Pio em vida e também agora na eternidade, age como um cirurgião corajoso.
Ele estava e continua disposto a usar o “bisturi” da sua severidade desde que ele sirva para eliminar, de uma vez por todas e para sempre, as doenças morais dos que vinham até em San Giovanni Rotondo (e, às vezes, até dos que o invocavam de longe, indo Ele mesmo ao seu encontro).
3. Padre Pio: Evangelho encarnado no próprio corpo
No nosso mundo que tem se tornado, dia após dia, mais surdo aos apelos do Espírito Santo e mais hostil ao cristianismo, a vida do Padre Pio é um grito da mensagem evangélica de Jesus fundada na confiança em Deus, na oração, na oblação de si, no serviço aos demais.
Mas, o segredo do número crescente de seus devotos está na força atrativa contida na mensagem de Cristo que todo cristão é chamado a anunciar:
“Nós anunciamos Cristo crucificado, escândalo para os judeus e loucura para os gregos. Mas, para os chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.” (I Cor 1, 23s)
O Santo Padre Pio não precisava da retórica das palavras, ele viveu “crucificado” durante cinquenta anos com estigmas nas mãos, nos pés, no ombro direito e no lado, que sangravam diariamente.
Semelhante sofrimento moral e físico era um meio infalível para libertar muitas almas dos laços de Satanás. Por isso mesmo ele passava, às vezes, dezoito horas seguidas no confessionário.
Conclusão: Uma vida que arrasta, e continua a agir
Existe pregação mais eloquente que a vida? Em São Pio de Pietrelcina, tomou carne e osso aquela verdade insofismável do antigo ditado latino: “Verba movent exempla trahunt” (As palavras convencem, mas os testemunhos arrastam!).
Sua vida e seu testemunho continuam irradiando graça: ninguém sai de sua presença como entrou.
Os menos fervorosos tomavam consciência da sua tibieza e, depois de se confessarem, reencontram o caminho da oração e da penitência.
Não raras vezes (muitas delas documentadas por seus biógrafos) os pecadores mais empedernidos e os próprios incrédulos eram tocados pela graça e faziam-se valentes testemunhas de Cristo Crucificado.
E, cumprindo sua promessa, ele continua a agir com força: isso segue acontecendo mesmo depois de seu retorno ao Pai.
Afinal, a presença e a mensagem do Padre Pio, por serem um eco daquela de Jesus Cristo, está hoje mais viva do que nunca.
Mas essa força não pode se perder.
Padre Pio precisa de almas corajosas, dispostas a carregar adiante sua missão de salvação. E talvez seja você quem ele escolheu hoje.
Assuma com ele esse compromisso: lutar pelas almas, proteger os seus, e viver uma fé encarnada na realidade.
