Num mundo marcado por conflitos, fruto do pecado, que errou bastante acerca do conhecimento de Deus, reinam inúmeros males.
Pecados como o aborto, ocultismo, adultério, crimes, assassinatos com requintes de crueldade, blasfêmias, profanações, roubos, fraudes, corrupção, deslealdade, perseguição aos católicos, perjúrio, perseguição dos bons, impureza das almas, perversão sexual, desordens no casamento, despudor, alastram-se de modo assustador, chegando à prática do Satanismo.
Em vista da salvação das almas, Deus, como outrora há 2000 anos, mandou-nos um maravilhoso presente!
São Pio de Pietrelcina é uma dádiva que Deus fez aos homens em pleno século XX para que continuem acreditando nEle pois é impossível aproximar-se, com simplicidade e sem preconceitos, de sua figura e permanecer insensível.
Três são os motivos que nos levam a acreditar nisso e também a acreditar que Padre Pio é o santo para o nosso tempo.
1. Padre Pio: inexplicável para todos, porém maravilhoso!
Padre Pio causa estupefação em todos: crentes e incrédulos. Afinal, se não for por graça de Deus, como foi possível a este homem, que muitos, próximos a nós, conheceram pessoalmente, realizar coisas tão extraordinárias?
Ele visitou os quatro cantos do mundo sem sair do lugar, voou para salvar sua cidade de um bombardeio, realizou curas e milagres inauditos na história da Igreja, converteu incrédulos de todo o tipo sem pregar uma mísera homilia…
Realizou estas coisas e outras ainda mais surpreendentes quase que diariamente por mais de 50 anos!
É fácil compreender o desconforto de parte da razão moderna, filha do Iluminismo, diante da figura de um “pobre frade”, certamente não um intelectual, ao qual são atribuídos “poderes” sobrenaturais de cura instantânea, algumas realizada à distância, ou mesmo bilocação e introspecção das consciências.
Porque, em São Pio de Pietrelcina, manifesta-se, para confusão dos incrédulos e racionalistas, um poder que não é aquele da tão louvada ciência moderna.
Esta não pode explicar os fenômenos realizados pelo Santo Padre Pio, nem negá-los, apenas aceitar sua relativa “impotência” declarando-se incapaz de explicar os milagres e prodígios que se davam aos borbotões.
2. Padre Pio, sinal de contradição.
Todavia, mais que os milagres e prodígios realizados, o que faz com que Padre Pio seja o santo para o nosso tempo é a provocação que ele faz aos homens, dentro e fora da Igreja.
Neste momento em que os valores do Evangelho são contestados por todos os lados, inclusive pelos membros da Igreja, Padre Pio ergue-se como sinal de contradição.
Com coragem profética, São Pio de Pietrelcina recusa-se a adequar sua mensagem aos valores do tempo presente, mas pelo contrário, aferra-se com força à doutrina católica tradicional, sem fazer qualquer tipo de concessão.
Diante das modas modernas, prega a modéstia cristã; diante do divórcio e da “institucionalização do adultério” (uniões civis), defende a indissolubilidade do casamento; condena o aborto com destemor e relembra os casados que se recusam abrir-se à vida que foram chamados a terem “tantos filhos quanto Deus lhes mandar”.
Sem medo de parecer antiquado ou antipático, o Santo Padre Pio em vida e também agora na eternidade, age como um cirurgião corajoso e continuamente disposto a usar o “bisturi” da sua severidade desde que ele sirva para eliminar, de uma vez por todas e para sempre, as doenças morais dos que vinham até em San Giovanni Rotondo (e, às vezes, até dos que o invocavam de longe, indo Ele mesmo ao seu encontro).
3. Padre Pio: Evangelho encarnado no próprio corpo.
No nosso mundo que tem se tornado, dia após dia, mais surdo aos apelos do Espírito Santo e mais hostil ao cristianismo, a vida do Padre Pio é um grito da mensagem evangélica de Cristo fundada na confiança em Deus, na oração, na oblação de si, no serviço aos demais.
O segredo do número crescente de seus devotos está na força atrativa contida na mensagem de Cristo que todo cristão é chamado a anunciar:
“Nós anunciamos Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos. Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.” (I Cor 1, 23s)
O Santo Padre Pio não precisava da retórica das palavras, ele viveu “crucificado” durante cinquenta anos com estigmas nas mãos, nos pés, no ombro direito e no lado, que sangravam diariamente.
Semelhante sofrimento moral e físico era um meio infalível para libertar muitas almas dos laços de Satanás. Por isso mesmo ele passava, às vezes, dezoito horas seguidas no confessionário.
Existe pregação mais eloquente que a vida? Em São Pio de Pietrelcina, tomou carne e osso aquela verdade insofismável do antigo adágio latino: “Verba movent exempla trahunt” (As palavras convencem, mas os testemunhos arrastam!).
Sua vida e seu testemunho causavam (e continuam causando) um contágio bom: ninguém saí da sua presença da mesma forma que chegou. Todos saem diferentes do que chegaram.
Os menos fervorosos tomavam consciência da sua tibieza e, depois de se confessarem, reencontram o caminho da oração e da penitência.
Não raras vezes (muitas delas documentadas por seus biógrafos) os pecadores mais empedernidos e os próprios incrédulos eram tocados pela graça e faziam-se valentes testemunhas de Cristo Crucificado.
E, cumprindo sua promessa: ele continua a fazer “barulho”, ou seja, isso continua a acontecer mesmo depois do seu retorno ao Pai.
Afinal, a presença e a mensagem do Padre Pio, por serem um eco daquela de Jesus Cristo, está hoje mais viva do que nunca.